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Economia

Escalada dos juros faz procura por consórcios aumentar no Brasil

Segundo economista, consumidor deve se atentar a dados para "entre o consórcio e o financiamento"

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Empresária Lívia Pacheco sai de carro que comprou (Reprodução/SBT Brasil)
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Muita gente tem partido para o consórcio com a escalada da Selic, os juros básicos da economia, que impacta diretamente o empréstimo bancário. No ano passado, o setor movimentou R$ 222 bilhões, bem acima dos dois anos anteriores.

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A empresária Lívia Pacheco comprou um carro por meio de consórcio. Ela adquiriu uma carta de crédito de R$ 200 mil. Achou melhor que financiar direto com o banco. "Financeiramente o consórcio é muito melhor", pontuou. Ainda de acordo com ela, num financiamneto, paga quatro vezes o valor que contratou.

Compare: a taxa média de juros num financiamento de carro atualmente é de 25% ao ano. No consórcio, o cliente paga taxa de administração, em média de 2,76%. No caso de um imóvel, os juros de financiamento no banco são em torno de 10,9% ao ano. Já no consórcio, a taxa gira em 1,32%.

De acordo com Juiana Inhasz, coordenadora do curso de economia do Isper, "olhando assim de primeira os números, o consórcio parece melhor negócio". "Mas o consumidor deve estar atento a outros dados para escolher com segurança entre o consórcio e o financiamento, como a urgência na aquisição do bem", completou.

Também em suas palavras, "o fato de você ter uma necessidade evidente de um imóvel ou do automóvel faz com que, em geral, você tenda mais pelo financiamento do que ao consórcio, porque o consórcio você tem uma determinada incerteza de quando vai ser contemplado".

Para receber logo a carta de crédito, pode-se dar um lance. Sem ele, é preciso aguardar os sorteios mensais. A demora gera prejuízo, de acordo com Inhasz: "hoje você contrata uma carta de crédito de 100 mil, que hoje compram aquele determinado automóvel. Se você só for contemplada daqui a 5 anos, você vai continuar recebendo 100 mil na sua mão, mas pode ser que o automóvel seja mais caro". A Livia deu um lance no segundo mês de contrato. As parcelas cairam de cerca R$ 6 mil para R$ 1,2 mil e, claro, ela não está mais a pé.

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