Custo de vida em SP registra maior alta desde 2015
Principais aumentos foram nos preços dos combustíveis, energia elétrica e alimentos
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Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), divulgado nesta 2ª feira (24.jan), mostrou que o custo de vida na região metropolitana teve alta de 10,02% em 2021. A elevação é a maior desde 2015, quando o índice subiu 11,56%.
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Segundo a entidade, o aumento internacional dos preços do petróleo provocou alta de preços em cadeia. Os custos com transportes subiram 20,6%, com elevação de 63,7% dos preços do etanol, 42,8% da gasolina e 41,4% do óleo diesel. Além disso, o custo médio do gás de botijão sofreu alta de 38,05%, enquanto o gás encanado registrou aumento de 23,26%.
A alta da energia também influenciou os custos de habitação, com crescimento de 25,8%. Já no âmbito alimentício, produtos como carnes (10%), farinha de trigo (13,2%) e leite e derivados (10,2%) lideraram o ranking de preços. As demais altas no ano foram dos seguintes grupos: vestuário (10,44%), artigo do lar (7,51%), saúde (3,86%), despesas pessoais (3,82%), comunicação (3,66%) e educação (1,48%).
Para a Fecomercio-SP, as análises anual e mensal demonstram que a inflação está perdendo força. Desta forma, o que se pode esperar para 2022 é um custo de vida ainda elevado, porém, em um ritmo mais baixo do que o observado no ano passado, uma vez que os impactos mais relevantes da pandemia nos preços já foram absorvidos ao longo dos últimos dois anos.
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"No entanto, é importante lembrar que o Brasil ainda convive com 13 milhões de desempregados. Por isso, qualquer avanço de preços, sem grandes oportunidades no mercado de trabalho, terá um efeito socioeconômico danoso para as famílias, que, em grande parte, não conseguem recompor as perdas causadas pela inflação", destacou a entidade.