Governo estuda apoio para votação da PEC do Precatórios
Intenção da proposta é viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil
SBT Brasil
O governo federal segue articulando apoio à PEC do Precatórios, que propõe o parcelamento das dívidas da União e abre espaço de R$ 91 bilhões no orçamento para bancar o Auxílio Brasil, novo programa de distribuição de renda que susbtitui o Bolsa Família.
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Ainda sem o número de votos necessários para a aprovação do texto, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, passou os últimos dias tentando convencer os parlamentares. Ele afirma que concessões podem acontecer, como manter o pagamento das dívidas da União para professores. "Eles querem uma prioridade no pagamento de precatórios dessa área, e obviamente não há nenhuma restrição, desde que isso agregue mais votos".
A oposição é contra adiar o pagamento dos precatórios. "Não é razoável que o governo dê o calote nesses brasileiros. A segunda razão é porque a PEC dos Precatórios vai tirar bilhões da educação, e isso não faz nenhum sentido. E a terceira razão é porque não há a menor clareza de pra onde vai esse dinheiro", afirma o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
O governo precisa de 308 votos, mas até parlamentares da base aliada, como é o caso do PL (Partido Liberal), cogitam votar contra. Por esse motivo, deputados defendem que o presidente Jair Bolsonaro edite uma Medida Provisória para pagar o Auxílio Brasil nos próximos meses.
"Em função da calamidade pública que nós estamos vivendo em função da covid-19, e as sequelas que trouxeram um aumento da pobreza em nosso país, justifica-se a Medida Provisória e abertura de crédito extraordinário", diz o deputado Hildo Rocha (MDB-MA).