Ex-presidente do Flamengo é denunciado por incêndio no Ninho do Urubu
Se indiciado, Eduardo Bandeira de Mello e outras 10 pessoas poderão ter pena de até 6 anos de reclusão
Primeiro Impacto
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça 11 pessoas pela tragédia no Ninho do Urubu. O incêndio ocorreu em 8 de fevereiro de 2019 e vitimou 10 garotos.
Entre os denunciados, está o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, quatro representantes da empresa fornecedora dos containers onde os jovens dormiam de forma ilegal, além de funcionários e prestadores de serviço do clube carioca.
Se a denúncia for aceita, os réus responderão por incêndio culposo qualificado, quando não há a intenção de matar. As penas podem variar de 1 ano e 4 meses a 6 anos de reclusão.
Investigação
Documentos em poder da Justiça apontam que o Flamengo havia sido alertado sobre grande risco de incêndio no alojamento.
Segundo uma troca de e-mails, a possibilidade de que as chamas invadissem o local no Rio de Janeiro e causassem uma tragédia, como a que aconteceu, foi informada por técnicos em eletricidade contratados pelo clube em maio de 2018. O curto-circuito em um ar-condicionado espalhou o fogo no alojamento e matou os atletas da base do time de futebol no começo do ano passado.