Caso João Victor: Justiça arquiva processo sem indicar ou punir culpados
Menino de 13 anos morreu em fevereiro de 2017 após ser agredido por funcionários de uma famosa rede de lanchonetes em SP
Caso João Victor: Justiça arquiva processo sem indicar ou punir culpados
SBT News
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A Justiça de São Paulo decidiu arquivar o caso do menino João Victor Souza de Carvalho, morto há três anos em frente uma unidade do Habib's na região da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista. A decisão da juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida ocorreu a pedido do Ministério Público (MP), que não responsabilizou nenhum funcionário envolvido na confusão.
Segundo as investigações, o adolescente de 13 anos morreu em fevereiro de 2017 após entrar no estabelecimento para pedir esmolas aos clientes que estavam no local. O gerente e o supervisor da lanchonete teriam expulsado o garoto da unidade com um pedaço de pau. Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que os suspeitos arrastam João Victor desacordado e o colocam no chão.
Testemunhas que presenciaram as agressões acionaram a Polícia Militar, relatando que funcionários do estabelecimento estariam agredindo a criança. A família da vítima divulgou o áudio da conversa gravado pela corporação, no qual o homem conta o que viu. "Por favor, você manda uma viatura aqui no Habib's do lado do japonês? Tem um menino de sete anos que 'tava' roubando e tem um segurança batendo nele. Arrastando no meio da rua aqui. Isso não pode", relatou.
Na época, a perícia apontou que a causa da morte ocorreu devido a problemas cardíacos decorrentes do uso de drogas. Ainda segundo o laudo, não foi comprovado que as eventuais agressões dos suspeitos tenham matado João Victor. No entanto, os advogados de defesa da família contestam a versão dos fatos, mas não quiseram gravar entrevista.
Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou que o processo segue em segredo de Justiça, não sendo possível fornecer outros detalhes a respeito da decisão.