Presidente de CPI cita possível investigação e indiciamento de sócios da 123 milhas
Ao SBT News, deputado Aureo Ribeiro afirmou que informações estão divergentes e precisam ser aprofundadas
SBT News
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), citou a possibilidade de que os sócios da empresa 123 milhas sejam investigados e indiciados. A informação foi dada em entrevista ao programa Poder Expresso, do SBT News, nesta 4ª feira (6.set).
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De acordo com o parlamentar, o próximo passo será o de aprofundar as investigações para melhor entender o mercado e ações cometidas pelas empresas. Aureo Ribeiro também disse que informações apresentadas à CPI estão divergentes e precisam ser aprofundadas.
"Eles [sócios] poderão passar de testemunhas para investigados. Eles poderão passar a ser indiciados no relatório final da comissão parlamentar de inquérito, e agora é aprofundar as investigações, entender a modelagem desse mercado que essas empresas praticam. E ressaltar que essa modelagem só é praticada no Brasil", declarou.
O presidente da CPI ainda disse que o colegiado considerou estranha uma prática da empresa durante a transação de milhas com clientes: "O que causou estranheza é o e-mail que a empresa manda para os clientes, pedindo para eles mentirem, falando para doar a milha ou de um para um parente ou um amigo. É inadmissível uma empresa ter papel de fazer um pedido ao cliente e falar para o cliente mentir".
As declarações vieram no mesmo dia em que o dirigente da empresa, Ramiro Júlio Soares Madureira, prestou depoimento à CPI. Ao colegiado, ele pediu desculpas pelo cancelamento de passagens vendidas, afirmou que o modelo de negócios era equivocado e que eles falharam em projeções. Ele já havia faltado em marcações de depoimentos anteriores, o que, na visão do presidente da CPI, estaria ligado a uma estratégia da Defesa para que a investigação contra ele mudasse e ele pudesse tentar pedir para ficar em silêncio no colegiado.
Assista a entrevista: