Por falta de acordo, reunião da CPMI do 8/1 atrasa e é adiada
Colegiado não chegou a um entendimento sobre avanço de investigação contra Bolsonaro; G. Dias depõe na 5ª
SBT News
Por falta de acordo entre a oposição e a base do governo, a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de janeiro foi adiada. O encontro estava previsto para a manhã desta 3ª feira (22.ago), mas passou por uma série de mudanças de horário, e acabou sendo cancelado. A reunião prevista para hoje será transferida para a próxima semana.
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A reunião desta 3ª seria para votação de pedidos para os novos caminhos de investigação do colegiado. Conforme apurou o SBT News, houve uma série de discordâncias entre os parlamentares para decidir o que seria apurado na comissão.
A base do governo quer aumentar as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, votando a retenção de passaportes e a liberação de Relatórios de Inteligência Financeira de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle, enquanto a oposição insiste em discutir a questão do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e quer segurar a quebra de sigilo do presidente do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto.
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Como próximos passos da CPMI, segue marcado para 5ª feira o depoimento do sargento Luis Marcos dos Reis, ex-assessor de Bolsonaro e que está preso. Na próxima semana, ficou definido que a comissão vai ouvir o depoimento do ex-comandante da PM do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto - além da votação de requerimentos. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias deve depor na próxima 5ª.
Nos bastidores, parlamentares questionam as reuniões para negociar votações de requerimentos no colegiado. A base do governo pressiona para que o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), deixe a prática de lado e defina a votação da forma regimental - com a apresentação dos requerimentos selecionados em pauta publicada até 48 horas antes da reunião do colegiado.