Hacker muda posição e passa a ficar em silêncio na CPMI do 8/1
Delgatti não respondeu a questionamentos da oposição, e recusou todas as perguntas depois de intervalo
Lis Cappi
O hacker Walter Delgatti Neto mudou de posição e passou a ficar em silêncio na segunda etapa do depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de janeiro. Depois de uma série de denúncias apresentadas ao longo da manhã, ele optou por não responder a nenhum dos questionamentos no período da tarde.
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A mudança de Delgatti coincidiu com a divisão dos blocos de questionamentos na CPMI. Ao longo da manhã, os questionamentos se concentraram entre parlamentares da base do governo. Além das tradicionais perguntas da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e do presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA).
Na primeira etapa do depoimento, Walter Delgatti fez uma série de denúncias a respeito de pedidos que ele teria recebido durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que o próprio presidente teria pedido para que ele tentasse invadir o sistema das urnas eletrônicas, além de pedir por uma configuração de um código-fonte falso, que simulasse erro no sistema de votação. A ideia, segundo o hacker, era a de descredibilizar as urnas eletrônicas em período próximo às eleições do ano passado.
Delgatti ainda disse que recebeu uma promessa de indulto, de forma que ele não fosse cumpriria eventual penalidade pelos pedidos que estariam sendo feitos a ele. A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro nega as acusações, e disse que Delgatti mentiu nas declarações.
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