Lira e Pacheco articulam apoio para reeleição na Câmara e no Senado
Partido Liberal, de Jair Bolsonaro, escolheu Rogério Marinho para a disputa pelo comando do Congresso

Paola Cuenca
Parlamentares do Partido Liberal (PL) - atuais e os eleitos em outubro - se reúnem na próxima 4ª feira (07.dez) para discutir a presidência do Senado. O martelo, porém, já foi batido: o candidato da sigla será o ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
"A ideia do nome do Rogério Marinho é oferecer aos senadores alguém com experiência na vida política, na vida pública do país, e que esteja disposto a trabalhar conosco no protagonismo do Senado, que o Senado perdeu nesses últimos anos", argumento o vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Casa, senador Carlos Viana (PL-MG).
Até o momento, Marinho aparece como o único concorrente do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que conta com o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) para a reeleição.
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Na próxima legislatura, o PL será a sigla com mais representantes no Senado, com 14 cadeiras. O PSD, de Rodrigo Pacheco, terá 11 representantes e o PT, 9. São necessários 41 votos para eleger o presidente da Casa.
Enquanto, no Senado, a disputa deve ser apertada, na Câmara, Arthur Lira já tem a reeleição praticamente garantida. Até o momento, 15 partidos declararam apoio ao atual presidente; entre eles, o PL, que terá 99 deputados.
A federação de PT, PV e PCdoB, com 80 parlamentares, também se manifestou a favor da recondução de Lira. Ao todo, seriam 387 deputados com o atual presidente - bem mais que o número mínimo de votos necessários, 257.
O apoio do PT agradou ao PP, partido de Lira. "Obviamente que, a partir do momento que o PT assumiu esse compromisso de poder apoiá-lo na reeleição, nós temos também, obviamente, o entendimento político positivo", sinalizou o presidente da sigla, deputado Claudio Cajado.
A eleição para a presidência da Câmara e do Senado acontece no dia 1º de fevereiro, data do início das atividades legislativas do ano que vem. Os ocupantes dos cargos terão o poder de definir as pautas de votação pelos próximos dois anos. Para o governo eleito, ter aliados no comando das Casas é um passo fundamental na garantia de governabilidade.
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