Senadores recebem ameaças por oposição a flexibilização de armas
Após adiarem votação de projeto, quatro senadores relataram mensagens ofensivas e pressão de clubes de tiro
Ao menos quatro senadores foram ameaçados pelo posicionamento que tiveram a um projeto que flexibiliza o acesso à armas. Eles relataram, por diversos meios, terem recebido mensagens ofensivas e chegaram a abrir um boletim de ocorrência na Polícia Legislativa. Além de pressão de clubes de tiro e da indústria de armas.
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As ameças foram feitas contra Eduardo Girão (Podemos-CE), Simone Tebet (MDB-MS), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Fabiano Contarato (PT-ES). Os senadores relataram o recebimento de e-mails ofensivos, assim como mensagens em redes sociais. Entre as mensagens Tebet e Gama foram chamadas de "cadelas".
Os relatos, também levados ao Plenário da Casa na 5ª feira (10.mar). A senadora Eliziane Gama dirigiu o comunicado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
"Nem vou ler, presidente, porque não vale à pena, e há palavras impronunciáveis aqui", disse. "Citam o meu nome e o nome da senadora Simone Tebet, falam claramente contra o Senador Contarato e contra vários outros Parlamentares que lutaram para que nós pudéssemos, na verdade, retardar a aprovação de um projeto que nós entendemos que é nocivo para a sociedade brasileira", completou.
As ações ofensivas começaram após os senadores aprovarem um pedido de vista contra o projeto conhecido por "PL das Armas" na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Por considerarem que o relator, Marcos do Val (Podemos-ES) não havia cumprido com as negociações sobre o projeto.