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Parlamentares tentam reverter corte de verbas para Ciência e Tecnologia

Líder do governo no Congresso prometeu que valores serão restabelecidos

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Ciência e tecnologia
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Depois de pressão da comunidade científica, parlamentares tentam reverter um corte de 90% de verbas do Ministério da Cência, Tecnologia e Inovações (MCTI) determinado pelo Governo Federal. A redução no orçamento foi um pedido da equipe econômica, para abrir crédito em outras áreas.

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O ex-ministro da educação e hoje presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Ribeiro, cita alguns dos projetos que serão afetados se os R$ 690 milhões não voltarem para a área; segundo ele, o dinheiro já estava comprometido e  "foi aberto um edital, ou seja, uma oferta de auxílios, para os pesquisadores fazerem seus pedidos: pedidos para realizarem congressos, comprarem equipamentos, recomporem laboratórios que estão deteriorados depois de anos de subfinanciamentos".

Na 6ª feira (8.out), em evento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações admitiu que foi pego de surpresa. Questionado se cogita sair da pasta se a medida não for revertida, pontuou: "Tem dias bons e dias ruins, eu confesso que ontem eu estava muito, mas muito chateado, se me perguntasse ontem, provavelmente eu diria sim".

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) convocou "paralisação nacional para o dia 20 de outubro". O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que é vice-presidente da Comisão Mista de Orçamento, protestou contra o corte: "a comunidade científica tem toda razão. Houve uma falta de comunicação do governo. E, infelizmente, o Ministério da Economia não valoriza, não prioriza a ciência e tecnologia no Brasil".

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), prometeu que os valores serão restabelecidos: Essa modificação proposta hoje deixa, na verdade, uma lacuna, que será resolvida pelo governo, discutida com o governo, para que se restabeleça o valor dos recursos não reembolsáveis do investimento em pesquisa, já que existem editais em andamento, existem ainda projetos que podem ser executados este ano".

Parlamentares de várias siglas já disseram que trancarão a pauta enquanto o corte não for revertido. Uma das possibilidades é incluir a liberação do dinheiro como crédito extraordinário em outros projetos, que tramitam no Legislativo. Para isso acontecer, o Ministério da Economia terá que pedir ao Congresso a liberação dos recursos.

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