Pacheco considera "excesso" pedido de indiciamento de Heinze pela CPI
Presidente do Senado, entretanto, diz que não interfere nas decisões da CPI
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), considerou que o pedido de indiciamento do senador bolsonarista Luiz Carlos Heinze (PP-RS) incluido no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia é "um excesso". No entanto, disse que decisão cabe apenas ao colegiado.
"Nunca interferi e não interferirei nos trabalhos da CPI. Mas, pelo que percebo, considero o indiciamento do Senador Heinze um excesso. Mas a decisão é da CPI", comentou Pacheco, em nota, nesta 3ª feira (26.out).
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O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), acatou ao pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) de incluir Heinze entre os pedidos de indiciamento por divulgação de fake news e dados falsos sobre a covid-19. Ao todo, 79 pessoas e duas empresas foram indiciadas.
"Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da Republica e do líder do governo. Não pode fechar os olhos com relação ao comportamento do seu colega parlamentar ", disse Vieira.
Após a inclusão de seu nome no relatório, Heinze classificou os integrantes da CPI como defensores de "concepções facciosas" e "ajudantes de ordem" de Renan Calheiros. O parlamentar disse que houve "muita incoerência, pressão e interrupção" nos trabalhos da comissão.
"Ninguém é contra vacina. Não se pode confundir prevenção com tratamento. A vacina e os fármacos são complementares. Diversos senadores, inclusive, confessaram ter usado a cloroquina", argumentou Heinze.