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Congresso

"Conversamos com todo mundo", diz Lira sobre áudio de André Esteves

Chefe do Legislativo comentou sobre a demora na aprovação de um auxílio provisório aos pobres e a regulação das mídias para evitar fake news

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Lira espera que Senado consiga votar as pautas dentro dos prazos para que um programa emergencial de auxílio aos mais vulneráveis seja implantado neste ano | Simone Queiroz/SBT News
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou nesta 2ªfeira (25.out) da 21ª Conferência Internacional da Dataagro sobre Açúcar e Etanol, que aconteceu na zona sul de São Paulo. Aos jornalistas, o político falou sobre o vazamento de áudio de André Esteves, dono do banco BTG Pactual, a aprovação de benefícios que atendam os mais pobres e os caminhoneiros, a demora na votação das pautas no Senado e sobre a remoção da transmissão do Bolsonaro no Facebook, em que ele associa a vacina da covid-19 com a aids.


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"Senado não se debruçou sobre o imposto de renda"

Para Lira, o governo deve discutir a modificação da emenda constitucional para discutir uma fonte para que se crie um programa provisório que atenda as camadas mais vulneráveis economicamente. Além disso, que seja necessário também que a PEC dos Precatórios seja aprovada para viabilizar o projeto. Mas, para isso, na avaliação do chefe do Legislativo, o Senado precisa votar a reforma do imposto de renda. 

"A casa tem que dar um jeito nesta situação, nos temos que discutir a fonte se precisar alterar o cenário a gente altera. Se precisar alterar alguns pontos, nos alteraremos, mas é imperativo que se aprove a PEC para resolver o problema dos precatórios inicialmente e, depois, a criação de um programa provisório. Haja vista que o Senado não se debruçou até hoje sobre [a reforma] o imposto de renda.

Em relação a alteração ou estouro do teto dos gastos, Lira ressalta que não é a alternativa romper o teto. Porém, o deputado falou que para resolver o problema da pobreza deve ser dado 'algum tipo de solução' e fez críticas a demora na votação no Senado Federal e espera que a casa alta tenha agilidade na votação devido aos prazos, caso o programa de benefícios sejam aplicados ainda neste ano.

"Eu preferia que o Senado tivesse votado o imposto de renda e nos tivéssemos feito hoje um programa permanente dentro do teto. Mas, o Senado fica imune a este tipo de critica principalmente por parte da imprensa, que não cobra dos posicionamentos porque um projeto não passa, não tramita, não se discute e não se vota".

Presidente do Congresso Nacional participou de evento de agronegócio em São Paulo, conversou com jornalistas e voltou para Brasília na manhã desta 2ªfeira (25.out) | Simone Queiroz/SBT

"Conversamos com todo mundo"

Sobre o vazamento de áudio, divulgado pelo site Brasil 247, em que o dono do banco BTG Pactual, André Esteves, que diz que recebeu uma ligação do próprio Lira --  que ele questiona a repercussão no mercado sobre a saída de quatro assessores do Ministério da Economia --, o presidente da Câmara diz que é um 'assunto secundário' porque ele conversa com todo mundo, instituições, mercado e agências que tratam do assunto em questão.

"Todos nos conversamos com todo mundo, nos falamos com a imprensa, nos falamos com as instituições, nos falamos com o mercado, nos falamos com todas as agencias que tratam deste assunto. Eu venho a São Paulo semanalmente para dar palestras como esta que eu faço hoje, coisa absolutamente normal. Agora o que ele falou, como disse, sequer ouvi, porque é secundário e não há importância neste fato".


"Se não tiver base, vai pagar pela sua declaração"

Perguntado sobre a transmissão do Bolsonaro realizada na última 5ªfeira (21.out) e removida no domingo (24.out) pelo Facebook, por associar a vacina da covid-19 à aids, o presidente da Câmara foi enfático ao dizer que "se ele não tiver nenhuma base cientifica para isso justamente vai pagar pela sua declaração". 

Além disso, Lira reforçou que o caso é mais um exemplo de que o texto que trata da questão da regulação dos meios eletrônicos e de tecnologia que propagam notícias e informações falsas. 

Segundo ele, o grupo que trata desta questão está preparando o texto para que possa ser votado em plenário para evitar o compartilhamento das fake news pelas mídias digitais de qualquer cidadão, incluso o Presidente da República.

"Vamos voltar a falar pra ver se o texto já esta contemple, para que a gente possa votar e que tenha regramento. Principalmente nessas bases de veículos de comunicação com Facebook, Instagram, Twitter, enfim, todos os meios que sejam necessários para a contenção de matérias como essa, de qualquer outra, de qualquer pessoa, não só do presidente da Republica, mas como qualquer outro cidadão", conclui. 

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