Senadores da CPI visitam sala-cofre que guarda documentos sigilosos

Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia visitaram nesta 6ª feira (28.mai) a sala-cofre que guarda documentos sigilosos recebidos pelo colegiado. Até o momento, já foram recebidos 30GB de arquivos. A previsão, de acordo com a demanda de requerimentos, é de que o número chegue a 300GB. 

A sala é monitorada por câmeras de segurança para registrar quem entra e quem sai do local. A visita foi feita pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL); pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); e pelo senador Humberto Costa (PT-PE), membro do colegiado.

"O maior volume de informações e dados é digitalizado. O espaço de memória RAM disponível a essa CPI era de 2GB. Essa realidade é totalmente insuficiente. Só recebemos 10% dos documentos solicitados. Ainda tem muito mais", afirmou Randolfe. Ele explicou que, a título de comporação, a CPI das Fake News recebeu, no total, 5GB de documentos. 

Investigação

Em coletiva de imprensa após a visita, Calheiros disse ter "clareza absoluta" de que muitas vidas poderiam ter sido salvas se o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tivesse adotado outra postura em relação ao combate à pandemia, com medidas embasadas na ciência. 

"Como antecipação, eu diria que nós já temos clareza absoluta, 100% de convicção de que muitas vidas poderiam ter sido salvas se o governo tivesse adotado um comportamento público com decisões lógicas em favor da ciência", afirmou. 

Para o vice-presidente da comissão, os documentos já recebidos e as testemunhas ouvidas até o momento "deixam claro que ocorreu grave omissão" pelo governo. "Os documentos que chegam à CPI deixam claro e, sobretudo os depoimentos da Pfizer e do Butantan, que ocorreu grave omissão por parte do governo federal, sobretudo na atuação dos ministérios da Saúde e Relações Exteriores."

Assista à reportagem completa do SBT Brasil: