Para Renan, má relação do governo com a China atrasou vacinação
Equipe do relator da CPI culpa aliados do presidente Jair Bolsonaro de causar mal-estar com chineses
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A equipe do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, afirmou que, com o depoimento do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, ficou evidente que a má relação do governo com a China atrasou a produção de vacinas do país.
Em um documento para elencar os destaques da oitiva de Covas, a equipe do parlamentar destacou as diferenças em relação aos discurso de ex-integrantes do governo, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten.
Segundo o ofício, a fala de Covas contradiz as declarações de que as relações com a China "sempre foram salutares e não teriam sofrido impactos negativos por conta das atitudes do governo federal e de declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido)".
O diretor do Butantan revelou ainda que teve dificuldades em outubro do ano passado para recrutamento de voluntários, em decorrência das campanhas difamatórias promovidas pelo Chefe do Executivo.
"Integrantes do governo federal ouvidos na CPI têm insistido que suas declarações sobre a China não tiveram impacto sobre a obtenção de insumos para o combate a covid-19, notadamente da vacina. Os fatos trazidos pelo Dr. Dimas Covas mostram que, ao contrário, a campanha difamatória produzida pelo presidente criou uma imagem ruim sobre a CoronaVac."