Novo ministro da Justiça era cotado para o cargo desde a gestão Moro
Anderson Torres já foi cogitado também para ser diretor-geral da PF no governo Bolsonaro
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O delegado da Polícia Federal Anderson Torres, agora indicado ao Ministério da Justiça, já era cotado para a pasta desde a gestão do ex-juiz Sergio Moro. O nome do policial já foi ventilado ao menos duas outras vezes e se confirmou nesta 2ª feira (29.mar). Ele também já havia sido abordado para assumir a direção-geral da PF, mas decidiu permanecer como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Torres é aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), com quem se reuniu algumas vezes nos últimos dois anos para tratar, principalmente, sobre uma possível divisão do superministério em duas pastas: Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública. A negociação, contudo, nunca avançou, porque enfraqueceria a atuação de Moro na Esplanada.
As conversas com o presidente ocorreram enquanto Torres era secretário no Governo do Distrito Federal. O delegado da PF é homem de confiança do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que sempre teve uma relação forte com Bolsonaro mas, atualmente, vive altos e baixos com o Executivo.
O atrito entre Torres e Moro se dava porque secretários de Segurança Pública do Brasil não viam no ex-ministro capacidade de articulação e de negociação com os governadores. A agenda de Moro à frente do ministério não priorizava contatos políticos. Mas a popularidade da ex-juiz, responsável pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez com que permanecesse com o ministério cheio.
Após se desentender com Bolsonaro e deixar o ministério, novamente o nome do delegado da PF foi cogitado. No entanto, interlocutores do Palácio do Planalto aconselharam o presidente a indicar André Mendonça, à época advogado-geral da União, para fortalecer o currículo dele em caso de indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, Mendonça voltou à AGU e Torres foi finalmente consagrado.
A bancada da segurança pública na Câmara já reagiu ao nome do delegado e disse que espera um trabalho em conjunto dele com a Câmara. O presidente da frente, capitão Augusto (PL-SP) afirmou que Bolsonaro não procurou os parlamentares para seguir com a indicação, mas deseja a Torres "boa sorte" ao novo ministro.
Torres é aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), com quem se reuniu algumas vezes nos últimos dois anos para tratar, principalmente, sobre uma possível divisão do superministério em duas pastas: Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública. A negociação, contudo, nunca avançou, porque enfraqueceria a atuação de Moro na Esplanada.
As conversas com o presidente ocorreram enquanto Torres era secretário no Governo do Distrito Federal. O delegado da PF é homem de confiança do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que sempre teve uma relação forte com Bolsonaro mas, atualmente, vive altos e baixos com o Executivo.
O atrito entre Torres e Moro se dava porque secretários de Segurança Pública do Brasil não viam no ex-ministro capacidade de articulação e de negociação com os governadores. A agenda de Moro à frente do ministério não priorizava contatos políticos. Mas a popularidade da ex-juiz, responsável pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez com que permanecesse com o ministério cheio.
Após se desentender com Bolsonaro e deixar o ministério, novamente o nome do delegado da PF foi cogitado. No entanto, interlocutores do Palácio do Planalto aconselharam o presidente a indicar André Mendonça, à época advogado-geral da União, para fortalecer o currículo dele em caso de indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, Mendonça voltou à AGU e Torres foi finalmente consagrado.
A bancada da segurança pública na Câmara já reagiu ao nome do delegado e disse que espera um trabalho em conjunto dele com a Câmara. O presidente da frente, capitão Augusto (PL-SP) afirmou que Bolsonaro não procurou os parlamentares para seguir com a indicação, mas deseja a Torres "boa sorte" ao novo ministro.
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