Para evitar saída, Ernesto visita Lira, que depois vai ao Planalto
Aliados pressionam por troca na pasta. Demissão do assessor especial Filipe Martins é uma das apostas
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Um dia depois de ser alvo de críticas de parlamentares, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, visitou nesta 5ª feira (25.mar) o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na residência oficial da Casa. Após o encontro, que não estava na agenda oficial do deputado, Lira visitou o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no Palácio do Planalto. Na saída, Bolsonaro negou que houvesse atrito entre os dois.
Na 4ª feira (24.mar), dia em que o país registrou mais de 300 mil mortos pela Covid-19, senadores cobraram que Araújo deixasse o cargo diante do fracasso na busca por insumos e na importação de doses excedentes de imunizantes. O ministro já protagonizou crises diplomáticas com a China e com os Estados Unidos e o atraso das vacinas agravou a situação entre o titular da pasta e os congressistas.
Durante a sessão, o assessor especial para assuntos internacionais, Filipe Martins, que acompanhou o chanceler no Senado, fez um gesto relacionado a movimentos supremacistas brancos, o que repercutiu mal entre os parlamentares. Nesta 5ª feira, integrantes da base aliada no Congresso pressionaram o governo por alguma resposta, nem que fosse a da saída de Martins.
Dessa maneira, sinalizaria mudança mínima de postura, até que resolvesse a situação do ministro do Itamaraty. O assessor especial é próximo dos filhos de Bolsonaro e, assim como Araújo, compõe a ala ideológica do governo.
Na noite de 4ª feira, Lira subiu o tom contra o Palácio do Planalto em discurso no plenário e afirmou que, se o Executivo não mudasse a postura diante do combate à crise da Covid-19, o Congresso poderia usar "remédios políticos amargos", porque "tudo tem limite".
Na reunião no Palácio do Alvorada, na manhã de 4ª feira, quando Bolsonaro anunciou a criação de um comitê contra o coronavírus, Lira criticou as declarações e as atitudes de Araújo, como um recado do Centrão ao Executivo. Parlamentares estão insatisfeitos com atuação do titular da pasta.
Na 4ª feira (24.mar), dia em que o país registrou mais de 300 mil mortos pela Covid-19, senadores cobraram que Araújo deixasse o cargo diante do fracasso na busca por insumos e na importação de doses excedentes de imunizantes. O ministro já protagonizou crises diplomáticas com a China e com os Estados Unidos e o atraso das vacinas agravou a situação entre o titular da pasta e os congressistas.
Durante a sessão, o assessor especial para assuntos internacionais, Filipe Martins, que acompanhou o chanceler no Senado, fez um gesto relacionado a movimentos supremacistas brancos, o que repercutiu mal entre os parlamentares. Nesta 5ª feira, integrantes da base aliada no Congresso pressionaram o governo por alguma resposta, nem que fosse a da saída de Martins.
Dessa maneira, sinalizaria mudança mínima de postura, até que resolvesse a situação do ministro do Itamaraty. O assessor especial é próximo dos filhos de Bolsonaro e, assim como Araújo, compõe a ala ideológica do governo.
Na noite de 4ª feira, Lira subiu o tom contra o Palácio do Planalto em discurso no plenário e afirmou que, se o Executivo não mudasse a postura diante do combate à crise da Covid-19, o Congresso poderia usar "remédios políticos amargos", porque "tudo tem limite".
Na reunião no Palácio do Alvorada, na manhã de 4ª feira, quando Bolsonaro anunciou a criação de um comitê contra o coronavírus, Lira criticou as declarações e as atitudes de Araújo, como um recado do Centrão ao Executivo. Parlamentares estão insatisfeitos com atuação do titular da pasta.
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