Lira alfineta Maia e busca colocar-se como independente
Candidato a presidente da Câmara, deputado diz que atual ocupante da cadeira trava projetos importantes
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Pré-candidato a presidente da Câmara em 2021, o deputado Arthur Lira (PP-AL) deu um par de alfinetadas neste domingo (20.dez) em Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual ocupante da cadeira.
Primeiro, às 13h35, Lira questionou se Maia teria deixado de ser independente por ter recebido o apoio do então presidente da República Michel Temer quando foi eleito para a Presidência da Câmara pela primeira vez.
"O presidente Michel Temer é um democrata. E como é da política, atuou legitimamente em nome de Rodrigo Maia dentro do Congresso. Por que o que vale para uns não vale para os outros? Será que por esse apoio, Maia deixou de ser independente?", disse.
O comentário funciona como uma resposta à acusação de que Arthur Lira não resguardaria a independência da Câmara por ser o candidato preferencial do governo Bolsonaro.
Depois, às 18h05, Lira disse que Maia tomou posse da pauta da Câmara na reta final de seu mandato e travou projetos importantes.
"Nos últimos anos, a pauta foi de Rodrigo Maia e não da Câmara. E agora, no apagar das luzes, e para dar tempo para articular um projeto pessoal de sucessão, ele volta a querer impor sua vontade. Centenas de deputados têm compromisso em suas bases e já fizeram suas agendas - percorrendo os municípios e já iniciando o diálogo com os novos prefeitos eleitos. Boa parte do que está parado poderia ter sido votada, por entendimento do colégio de líderes.Coisa que não aconteceu", disse no Twitter.
A queda de braço entre Maia e Lira dá o tom da disputa pela liderança da Câmara em 2021. Até o momento, os dois vêm amealhando apoio para os seus respectivos grupos na eleição para a presidência da Casa. Lira conta com o suporte de PP, PL, Republicanos, PSD, Solidariedade, PTB, Pros, PSC, Avante e Patriota. O bloco de Maia reúne PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PC do B e Rede.
O voto, no entanto, é secreto. Os deputados são livres para votar em um candidato que não seja o que seu partido acertou apoiar.
Maia não pode concorrer em 2021. Ainda não divulgou que candidato o seu bloco apoiará.
As mensagens de Lira no fim de semana indicam um novo momento da campanha. Depois que o aval do governo Bolsonaro o ajudou a reunir partidos, o deputado agora busca sinalizar que será independente do governo. De um lado, argumenta que o apoio do Executivo não implica em submissão. De outro, tenta colar em seu adversário a pecha de autoritário.
Já Maia tem subido o tom contra o governo. Na 6ª feira (20), discursou em plenário e disse que o presidente Jair Bolsonaro é "mentiroso" e sua gestão, "incompetente".
Primeiro, às 13h35, Lira questionou se Maia teria deixado de ser independente por ter recebido o apoio do então presidente da República Michel Temer quando foi eleito para a Presidência da Câmara pela primeira vez.
"O presidente Michel Temer é um democrata. E como é da política, atuou legitimamente em nome de Rodrigo Maia dentro do Congresso. Por que o que vale para uns não vale para os outros? Será que por esse apoio, Maia deixou de ser independente?", disse.
O presidente @MichelTemer é um democrata. E como é da política, atuou legitimamente em nome de @RodrigoMaia dentro do Congresso. Por que o que vale para uns não vale para os outros? Será que por esse apoio, Maia deixou de ser independente?
? Arthur Lira (@ArthurLira_) December 20, 2020
O comentário funciona como uma resposta à acusação de que Arthur Lira não resguardaria a independência da Câmara por ser o candidato preferencial do governo Bolsonaro.
Depois, às 18h05, Lira disse que Maia tomou posse da pauta da Câmara na reta final de seu mandato e travou projetos importantes.
"Nos últimos anos, a pauta foi de Rodrigo Maia e não da Câmara. E agora, no apagar das luzes, e para dar tempo para articular um projeto pessoal de sucessão, ele volta a querer impor sua vontade. Centenas de deputados têm compromisso em suas bases e já fizeram suas agendas - percorrendo os municípios e já iniciando o diálogo com os novos prefeitos eleitos. Boa parte do que está parado poderia ter sido votada, por entendimento do colégio de líderes.Coisa que não aconteceu", disse no Twitter.
Centenas de deputados têm compromisso em suas bases e já fizeram suas agendas - percorrendo os municípios e já iniciando o diálogo com os novos prefeitos eleitos. Boa parte do que está parado poderia ter sido votada, por entendimento do colégio de líderes.Coisa que não aconteceu.
? Arthur Lira (@ArthurLira_) December 20, 2020
A queda de braço entre Maia e Lira dá o tom da disputa pela liderança da Câmara em 2021. Até o momento, os dois vêm amealhando apoio para os seus respectivos grupos na eleição para a presidência da Casa. Lira conta com o suporte de PP, PL, Republicanos, PSD, Solidariedade, PTB, Pros, PSC, Avante e Patriota. O bloco de Maia reúne PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PC do B e Rede.
O voto, no entanto, é secreto. Os deputados são livres para votar em um candidato que não seja o que seu partido acertou apoiar.
Maia não pode concorrer em 2021. Ainda não divulgou que candidato o seu bloco apoiará.
As mensagens de Lira no fim de semana indicam um novo momento da campanha. Depois que o aval do governo Bolsonaro o ajudou a reunir partidos, o deputado agora busca sinalizar que será independente do governo. De um lado, argumenta que o apoio do Executivo não implica em submissão. De outro, tenta colar em seu adversário a pecha de autoritário.
Já Maia tem subido o tom contra o governo. Na 6ª feira (20), discursou em plenário e disse que o presidente Jair Bolsonaro é "mentiroso" e sua gestão, "incompetente".
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