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Congresso articula isolar Salles; ala ideológica é fio desencapado

Lideranças no Legislativo buscam defender o ministro Luiz Ramos, criticado por Ricardo Salles

Congresso articula isolar Salles; ala ideológica é fio desencapado
O ministro Ricardo Salles. Foto: Lula Marques/Fotos Públicas
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A crítica feita neste sábado (24.out) pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, faz parte de uma estratégia do Congresso em defesa do ministro Luiz Ramos, responsável pela articulação política.

No dia anterior, Salles havia chamado Ramos de "Maria Fofoca" por conta de uma reportagem do jornal O Globo que noticiava supostas tensões entre o titular do Meio Ambiente e os militares que fazem parte do governo. Maia respondeu na manhã de sábado, dizendo que Salles, "não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo". Foi seguido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que afirmou que o comentário de Salles "apequena o governo".

As frases refletem a estratégia das lideranças no Congresso que dialogam com o governo: colocar panos quentes na questão, declarando apoio ao general Ramos e preservando o canal de diálogo com o Planalto. Ao SBT News, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a situação não deve evoluir. "O ministro da articulação é o Ramos e todos saíram em defesa do Ramos, então não vejo nenhum tipo de problema", disse. "O que mostra que a articulação política está sendo reconhecida pelo Congresso", completou.

"O presidente já deve ter recebido a ligação dos dois ministros e já sabe bem a situação", afirmou Barros. "Como não anunciou nenhuma medida, provavelmente fica tudo como está e é o que nos interessa. Botar panos quentes e encerrar o episódio."

O próprio Ricardo Salles deu a entender que não vai responder publicamente às críticas de Maia e Alcolumbre. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, disse: "Para mim, este assunto está encerrado"
 

CASO INFLAMA REDES BOLSONARISTAS


A rixa entre os ministros - depois, com a participação de Rodrigo Maia -, no entanto, teve propagação nas redes sociais. A discussão serviu para inflamar os grupos bolsonaristas nas redes sociais, que saíram em defesa de Salles e em crítica de Maia.

Às 19h, o nome de Rodrigo Maia ainda estava nos trending topics do Twitter - lista de assuntos preparada pela rede indicando termos mais discutidos nas últimas horas. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi um dos que fez comentário contra o presidente da Câmara.
A chamada ala ideológica do governo, antes identificada com os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, tem perdido espaço no Planalto, que ultimamente busca construir uma base para a aprovação de projetos a partir da proximidade com o Centrão - grupo de partidos de orientação ideológica pouco definida.

Leia abaixo mais manifestações de apoiadores do presidente em crítica a Rodrigo Maia.
 
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