Portela quebra jejum e conquista título do Carnaval do Rio de Janeiro

Depois de mais de 30 anos sem comemorar o título do Carnaval do Rio de Janeiro, a Portela soltou o grito da garganta nesta quarta-feira. Com um enredo que dizia "Foi um rio que passou em minha vida", a escola contou histórias e mitos da água doce e encantou o público na Marquês de Sapucaí. A agremiação, penúltima a entrar na avenida, atingiu 269,9 pontos contra 269,8 da vice-campeã Mocidade Independente de Padre Miguel. Vale lembrar que a nota mais baixa de cada quesito era descartada.

 

Foto: AgNews

 

A comissão de frente levou a piracema para a Sapucaí. Os componentes, vestidos como peixes, nadavam em direção à nascente, deixando o público em dúvida se tudo aquilo era real. O quarto carro alegórico recordou o desastre ambiental de Mariana, trocando os tons de azul pelo marrom da lama. Os ritmistas da bateria trajados de pescadores e a águia, símbolo da escola, que apareceu imponente logo no início do desfile, foram outros destaques da grande campeã.

 

 

SEM REBAIXAMENTO

 

O Carnaval do Rio de Janeiro deste ano não teve rebaixamento. Depois dos acidentes envolvendo carros alegóricos da Paraíso do Tuiuti, no primeiro dia de desfile, e da Unidos da Tijuca, no segundo, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) decidiu que nenhuma agremiação iria para o Grupo A, uma espécie de segunda divisão. Representantes de todas as agremiações participaram da reunião e chegaram a um acordo. Dessa forma, o Grupo Especial terá 13 escolas em 2018, já que a campeã do grupo de acesso, Império Serrano, subiu normalmente.

 

Em 2011, uma decisão semelhante foi tomada depois que um incêndio destruiu alegorias da Portela, da União da Ilha e da Grande Rio, antes do desfile. Naquela ocasião, as escolas se apresentaram, mas não foram avaliadas, permanecendo no Grupo Especial.