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Marcelo Torres conta como é a vida de um correspondente

Marcelo Torres conta como é a vida de um correspondente
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Por Adolfo Nomelini e Rafael Carvalho

Correspondente internacional do SBT em Londres, Marcelo Torres sempre gostou da ideia de trabalhar com notícias internacionais, mas quando estava no começo da carreira não imaginava que um dia chegaria ao posto. “Sempre parecia uma coisa um pouco inatingível”, conta.

Em entrevista exclusiva ao site do SBT, Marcelo relembra o início da carreira, quando fazia reportagens para adolescentes em uma revista, e fala como é o dia-a-dia de um jornalista brasileiro que vive e trabalha fora do país.

Como você começou a carreira?
Meu primeiro emprego foi numa editora de revistas em que eu fazia reportagens para adolescentes. Ao mesmo tempo, eu trabalhava num jornal de Bauru. Saí desse jornal para trabalhar como repórter de TV pela primeira vez, em 1997.  Depois, nunca mais parei de fazer TV. Em 2002, fui fazer mestrado na Inglaterra, voltei e passei num concurso para a BBC, onde eu fui trabalhar em 2004. Vim para o SBT em 2005.

Quando você começou na profissão, você já imaginava que um dia seria correspondente internacional?
Eu achava bacana a ideia de trabalhar com notícias internacionais, mas eu nunca imaginei não. Sempre parecia uma coisa um pouco inatingível.

Qual a principal diferença entre fazer uma reportagem no Brasil e no exterior?
No Brasil qualquer TV é conhecida pelo público. As pessoas veem o microfone da televisão e identificam, sabem para quem estão falando. É muito mais fácil você falar porque as pessoas já sabem do que se trata. Já em Londres, como os ingleses não conhecem a televisão brasileira, é muito difícil para eles saber com quem estão falando.

Por ser brasileiro, você acha que ajuda ou atrapalha na hora de fazer as reportagens?
Com certeza não ajuda pelo fato de ser estrangeiro. Eu não acho que o Brasil é muito mal visto lá não. A percepção que eles têm do Brasil é de um país pouco conhecido. Eles têm uma admiração pela alegria do Brasil, pelo futebol, carnaval, os clichês brasileiros.

Você faz tudo sozinho nas matérias?
Quando você está na redação, você tem o suporte de várias pessoas, você está em um ambiente que te estimula. Eu trabalho em casa, tenho uma escrivaninha no meu quarto, e eu tenho que encontrar motivação.

Você lembra de algum momento de apuro que tenha passado durante as gravações?
Vários. Um mais recente foi um terremoto na Itália. Um dia depois de ocorrer eu estava indo para lá já. Fiquei três dias lá e senti naquele período centenas de terremotos fracos e assustadores. Em uma noite, eu estava para entrar ao vivo no SBT Brasil, quando entramos ao vivo, alugamos um carro de satélite. Naquele dia, a agência montou o carro em um dos piores lugares imagináveis. Eles colocaram o link em frente a uma escola destruída que tinha matado dezenas de pessoas. Ao lado tinham mais outros dois prédios bem altos e rachados. Quando faltava mais ou menos 1h30 para o jornal, veio um terremoto muito forte, quase tão forte quanto o primeiro. Aquele prédio rachado chacoalhou todo e começaram a cair pedaços de concreto. Foram os 12 segundos mais aterrorizastes da minha vida.

E momento engraçado?
Na reportagem do Coração da Ásia, a gente estava no Quirguistão, tinha um motorista que adorava lambada e queria dançar. A gente mal se comunicava porque ele não falava inglês e ele pediu para eu ensinar samba para ele, mas quem disse que eu sambo?

+ Marcelo Torres fala mais sobre o cotidiano de um correspondente! Leia na segunda parte da entrevista

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