Nove suspeitos são presos em megaoperação policial no Rio
Dois helicópteros das polícias Civil e Militar foram atingidos por tiros

do SBT Brasil
Nove suspeitos de envolvimento com a maior facção do crime organizado do Rio de Janeiro foram presos nesta 2ª feira (9.out), numa megaoperação das polícias Civil e Militar em três comunidades da capital fluminense.
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Um dos destinos dos agentes foi a Vila Cruzeiro, na zona norte, onde o tiroteio foi intenso. Os criminosos incendiaram um carro e uma moto para impedir o acesso dos policiais. Dois helicópteros das polícias foram atingidos por tiros e precisaram fazer pousos forçados. Nenhum tripulante ficou ferido. Moradores ficaram no meio do fogo cruzado. Cinco postos de saúde fecharam as portas. 14 escolas da região não funcionaram.
No Complexo da Maré, também na zona norte, foi localizado um laboratório de drogas. O local também era usado para fabricação de explosivos. A região é a mesma onde a polícia localizou um centro de treinamento de criminosos, há cerca de duas semanas.
Cerca de mil agentes participaram da operação, que também aconteceu na Cidade de Deus, na zona oeste.
O objetivo da ação era cumprir cem mandados de prisão - todos ligados à maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que domina todas as áreas onde as polícias estiveram nesta segunda-feira. Inicialmente, a operação aconteceria apenas no Complexo da Maré, mas os investigadores descobriram que os traficantes já haviam deixado a região.
"Nós iniciamos a atividade de inteligência e foi detectado que os chefes dessa comunidade que pertence à mesma facção migraram pesadamente para a Vila Cruzeiro e Cidade de Deus, por acaso reduto dos marginais que saíram pra matar os médicos na barra da tijuca", disse o secretário de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Renato Torres do Nascimento.
Segundo as investigações, o crime que deixou três médicos mortos e um outro ferido na Barra da Tijuca, na semana passada, está ligado à disputa de território por criminosos. De acordo com a polícia, o traficante e ex-integrante da milícia conhecido como Lesk autorizou o ataque. Mas o verdadeiro alvo era o miliciano Taillon de Alcântara Pereira, que está em liberdade condicional e se parece com uma das vítimas. Lesk e outros suspeitos da execução foram encontrados mortos no dia seguinte.
A força-tarefa desta 2ª feira ainda apreendeu dezenas de celulares no complexo penitenciário de Bangu, onde estão presos alguns líderes do tráfico. Nas comunidades, foram confiscados meia tonelada de maconha e cem quilos de pasta base de cocaína, além de armas e veículos utilizado pelos criminosos.