Após nove dias, operação no Guarujá (SP) chega a 160 presos e 16 mortos
Defensoria Pública de SP investiga denúncias de torturas e abuso de poder
SBT News
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou neste domingo (6.ago), que 160 pessoas foram presas pelas forças de segurança durante a operação no Guarujá. Outras 16 pessoas morreram em decorrência da ação policial,
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Até o momento foram apreendidos pelas polícias Civil e Militar, 479,8 quilos de drogas, além de 22 armas de fogo, incluindo fuzis e pistolas. Apenas no sábado (5.ago), foram vistoriados 565 veículos pela Polícia Militar, incluindo 324 automóveis (24 foram apreendidos) e 241 motocicletas (11 foram recolhidas).
A Operação Escudo foi iniciada em resposta à morte do soldado Patrick Bastos Reis, ocorrida no dia 28 do último mês, quando patrulhava uma comunidade no Guarujá. Os responsáveis pelo crime foram indiciados pela Polícia Civil do Guarujá por homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas.
Na última semana a SSP negou o pedido feito pela Defensoria Pública para suspender a Operação Escudo no litoral paulista. A solicitação havia sido baseada nas denúncias de tortura e abuso de poder.
O governo paulista considera que todos os óbitos aconteceram em situações de confronto. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as ações de todos os agentes envolvidos na Operação Escudo serão apuradas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) e por meio de inquéritos policiais militares. Além disso, a pasta afirma que as imagens das câmeras de segurança acopladas aos uniformes dos policiais estão à disposição do Poder Judiciário e da Corregedoria da Polícia Militar.
A Defensoria Pública afirma que só teve acesso ao material de um boletim de ocorrência. "A gente teve a oportunidade de analisar 13 boletins de ocorrência. Apenas um faz menção expressa que os policiais envolvidos na ocorrência de morte estavam portando câmeras corporais. Outros a gente não sabe se não estavam ou não foram mencionados nos boletins de ocorrência", diz a defensora pública Fernanda Balera.