Golpe do manequim: estelionatário usa fotos de vítimas para fazer transações
Imagens coladas no objeto burlaram sistema de reconhecimento facial de bancos
Uma engenharia simples, mas que causou um prejuízo de R$ 300 mil em apenas uma instituição bancária e dezenas de pessoas vítimas de um golpe curioso usando fotos em manequins para burlar o sistema de reconhecimento facial de um banco.
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O homem suspeito de praticar os crimes ainda é procurado pela polícia. Antes, porém, os agentes foram à casa do estelionatário, em Barueri (SP), e apreenderam máquinas de cartões, documentos falsos e o personagem principal dos golpes: o manequim.
O golpista usava as fotos das vítimas, encontradas aleatoriamente em redes sociais ou na internet, imprimia e colava no objeto de plástico, simulando uma pessoa real. Com isso, burlava o sistema que identifica o rosto das pessoas nos aplicativos bancários, já que havia a forma e silhueta de pescoço e ombros, em tamanho real, mas do manequim.
Além das fotos, o estelionatário fazia uma pesquisa, obtendo dados pessoais de cada vítima e criava documentos de identificação falsos. Foram dezenas de contas abertas, chamando a atenção de um dos bancos, que fez a denúncia.
A instituição bancária percebeu as movimentações suspeitas, entre compras no cartão de crédito, transferências e empréstimos que somaram R$ 300 mil. O banco cobrava os clientes e as vítimas avisavam que nunca tinham aberto as contas, levantando a suspeita.
Apesar da engenharia inusitada, o golpista falhou no decorrer da ação: as contas e cartões eram destinados ao mesmo endereço, e as transferências bancárias eram feitas para a própria conta do estelionatário. A polícia também investiga os laranjas, ou "conteiros".
O homem que aplicava os golpes teve a identidade descoberta pelos agentes: é um taxista de 34 anos. Para os investigadores, a tecnologia que foi o palco para o golpe foi a mesma que ajudou a polícia a encontrar o "golpista do manequim".
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