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Bolsonaristas tentam invadir PF e ateiam fogo em ônibus no DF

Grupo com camisetas do Brasil quebrou carros nos arredores e afirma tentar libertar indígena detido

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Um grupo de manifestantes provocou confusão na sede da Polícia Federal, em Brasília, no início da noite desta 2ª feira (12.nov). Os manifestantes que estavam na Esplanada dos Ministérios em apoio ao presidente, Jair Bolsonaro (PL), foram até o local protestar contra a suposta detenção de um indígena, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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O clima ficou tenso, após quebrarem carros estacionados no local e ameaçaram invadir o edifício. Vídeos registraram atos de vandalismo e a ação da polícia. O grupo estava com pedaços de paus e pedras. 

Com a reação do grupo, a PM usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes e para acabar com os atos de vandalismo. A PF não confirmou ainda a prisão, nem se manifestou sobre as manifestações.

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Polícia em frente a sede da PF, no DF: barreira | Ricardo Brandt/SBT

Prisão

Os atos seriam uma reação a decisão do STF de mandar prender o cacique José Acácio Serere Xavante. Em nota divulgada nesta 2ª, o Supremo informou que atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão temporária, por dez dias, pela "suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos".

Segundo a Polícia Federal (PF), Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, informou o STF. Citou protestos em frente ao Congresso, no Aeroporto Internacional de Brasília, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel em que estão hospedados o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

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Manifestantes e polícia na sede da PF no DF | Ricardo Brandt/SBT

No pedido da PGR, o STF destacou que o acusado aproveitou "da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso".

"A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", registrou a PGR.

"A restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação", sustenta Moraes, em sua decisão. Segundo o ministro, os atos do indígena "se revestem de agudo grau de gravidade e revelam os riscos decorrentes da sua manutenção em liberdade, uma vez que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos".

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