Agência nuclear da ONU chega à usina de Zaporizhzhia
Equipe de especialistas da AIEA tem como foco "evitar um desastre nuclear"
SBT News
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) chegou à usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, ocupada por tropas russas. Liderada pelo diretor Rafael Grossi, a delegação irá realizar uma inspeção de segurança na infraestrutura do local, que fica na cidade de Enerhodar, alvo de bombardeios nos últimos dias.
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Apesar dos riscos inerentes, Grossi manteve a missão planejada. "Pesando os prós e os contras e tendo chegado tão longe, não vamos parar.", ponderou. "É uma missão que visa evitar um acidente nuclear e preservar esta importante usina nuclear, a maior da Europa", reforçou.
? IAEA's Support and Assistance Mission to #Zaporizhzhya (ISAMZ) led by Director General @RafaelMGrossi has just arrived at Zaporizhzhya Nuclear Power Plant to conduct indispensable nuclear safety and security and safeguards activities.
? IAEA - International Atomic Energy Agency (@iaeaorg) September 1, 2022
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Maior usina nuclear da Europa, Zaporizhzhia foi temporariamente desativada nos últimos dias, devido a danos, aumentado os temores de um vazamento de radiação ou um colapso do reator. As autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo anti-radiação para os moradores próximos.
"Temos uma missão muito importante a cumprir", disse Grossi, acrescentando que irá "começar imediatamente uma avaliação da segurança e da situação de segurança na fábrica". A princípio, Grossi não especificou a duração da missão, mas disse que o ideal seria a presença permanente ou prolongada na instalação.
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"A missão de monitoramento irá avaliar os danos físicos às instalações, determinará a funcionalidade dos principais sistemas de segurança e segurança de backup e avaliará as condições de trabalho da equipe da sala de controle. Ao mesmo tempo, a missão realizará atividades urgentes de salvaguardas para verificar se o material nuclear é usado apenas para fins pacíficos", explicou o chefe da agência nuclear.
O diplomata também defendeu a desmilitarização na usina e no entorno da infraestrutura, mas reforçou que o papel da equipe de especialistas não é se envolver nas negociações dos países envolvidos no conflito e sim evitar um desastre nuclear.
* Com informações da Associated Press