Polícia prende acusados de roubar mais de R$ 500 mil em mechas de cabelo
Entre os detidos está uma mulher que é proprietária de um salão de beleza em Porto Alegre
Léo Bonesso
A polícia recuperou, neste sábado (18.jun), mechas de cabelo natural que haviam sido furtadas de um salão de beleza em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O material é avaliado em mais de R$ 500 mil. Seis pessoas foram presas.
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As mechas de cabelos passaram a ser uma opção de estética e autoestima. Em menos de 15 minutos o cliente está com o mega hair aplicado. O método é muito simples: o cabelo é colado com uma fita adesiva.
"Essa técnica é escolhida porque ela tem um tempo de manutenção longo e ela é muito fácil de aplicar e muito fácil de cuidar", explica o cabeleireiro Caio Fagundes.
Foi uma publicação nas redes sociais fazendo propaganda que levou criminosos até o salão de beleza em Canoas. Dois dias após a postagem, o local foi invadido e mais de 200 mechas foram levadas. Cada uma, custa de R$ 2 mil a R$ 5 mil.
"Sensação de um vazio assim, tu achar que não vai ter estrutura pra manter toda uma equipe", contou o proprietário do estabelecimento, Diogo Souza.
O salão foi aberto há dois meses e ainda não possui câmeras de segurança, mas o circuito de um prédio ao lado gravou o momento em que um casal chega ao estabelecimento. O homem tentou virar a câmera para não ser flagrado.
Neste sábado seis criminosos foram presos, entre eles uma mulher que é proprietária de um salão de beleza em Porto Alegre. Agora, a investigação está direcionada para descobrir se o furto foi para abastecer uma rede clandestina que comercializa mechas de cabelos.
"Esse tipo de delito só acontece se houver a participação de pessoas que entendem, que estão dentro do mesmo mercado. Foi uma investigação que durou menos de 48 horas", afirma o delegado Rafael Pereira.
Os 20 kg de cabelos foram encontrados nesse sábado pela polícia no centro da capital gaúcha, onde ficam comércios populares. Todo o material roubado será devolvido ao proprietário.
"Um investimento que eu ainda tenho que pagar. Tu ter a conta e não ter o produto pra vender se torna muito difícil. Não sei nem se eu teria estrutura pra seguir em frente", diz Diogo.
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