Desaparecimento no AM: vestígios de sangue são identificados em lancha
Material foi colhido em embarcação de suspeito de envolvimento no sumiço de Bruno Araújo e Dom Phillips
Vestígios de sangue foram encontrados na lancha pertencente a Amarildo da Costa Ribeiro, o "Pelado", homem que foi preso no início da semana em meio às buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips, que estão desaparecidos desde o último domingo (5.jun). A informação sobre a identificação de material genético na embarcação foi divulgada na tarde deste 5ª feira (9.jun) pela força-tarefa responsável pelas buscas da dupla, que foi vista pela última vez em comunidade ribeirinha pertencente ao município de Atalaia do Norte (AM).
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O material captado por peritos criminais será encaminhado para análise em Manaus, informa a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas. Em nota, o órgão afirma, ainda, que pediu a prisão temporária de "Pelado". O suspeito, aliás, já estava detido, pois, conforme noticiou o SBT News, estava em posse irregular de arma. Até então, porém, a possibilidade de ligação com os desaparecimentos do indigenista e do jornalista estava descartada pelas autoridades. "Não fizemos a ligação dele com o caso de desaparecimento", havia declarado, na 4ª, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Carlos Alberto Mansur.
Nesta 5ª, a juíza Jacinta Silva dos Santos decretou a prisão temporária por cinco dias de Pelado. A decisão foi tomada após realização de audiência de custódia.
No comunicado, a PF -- que coordena as buscas ao lado de autoridades amazonenses, do Exército e da Marinha -- deixa claro que ainda não há pistas do paradeiro de Araújo Pereira e Phillips. A corporação, contudo, garante que tem realizado ações fluviais e áreas, além de percorrer pelas comunidades indígenas de Atalaia do Norte, "especialmente as de Santa Cruz, Cachoeira, São Gabriel e São Rafael".
"[Empenho] para que haja o retorno o quanto antes dos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips para seus entes queridos."
"Os órgãos federais e estaduais reforçam o compromisso com a elucidação dos fatos e se empenham para que haja o retorno o quanto antes dos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips para seus entes queridos", afirma a superintendência da PF. Até o momento, segundo a própria Polícia Federal, a força-tarefa criada para localizar o indigenista e o jornalista custou R$ 684 mil.