Embargos ao petróleo russo dividem União Europeia
Dependentes de combustíveis, Hungria e Bulgária resistem em aceitar sanções contra a Rússia
SBT News
Embargos sobre o petróleo russo estão expondo os limites de até onde a União Europeia está disposta a ir para ajudar a Ucrânia. Nesta segunda-feira (30.mai), líderes do bloco se encontram para debater um novo pacote de sanções - o sexto - contra a Rússia.
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Dependentes do petróleo russo, Hungria e Bulgária lideram um grupo de países que têm demonstrado preocupação ao novo bloqueio que poderia privar Moscou de bilhões de dólares por dia em pagamentos de suprimentos. República Tcheca e Eslováquia expressaram preocupações semelhantes.
O país liderado por Viktor Orban obtém mais de 60% do petróleo da Rússia e 85% do gás natural. A Hungria e a Eslováquia dependem do petróleo russo que recebem através do oleoduto Druzhba, da era soviética. Numa tentativa de não atingir os países, autoridades europeias chegaram a sugerir que uma solução poderia ser encontrada visando somente o petróleo transportado por navios e mantendo o fogo no oleoduto tão valioso para a Hungria.
No entanto, o problema de atingir o petróleo transportado pelo mar é que países como Bélgica, Alemanha e Holanda - mais dependentes dessa forma de importação - sofreriam um aumento nos preços do petróleo, distorcendo a concorrência, já que a Hungria ainda estaria comprando petróleo russo mais barato.
Especialistas não conseguiram chegar a um acordo sobre tal medida no fim de semana, mas continuaram suas conversas antes da cúpula.
A reunião de dois dias em Bruxelas, na Bélgica, também se concentrará no apoio financeiro contínuo da UE à Ucrânia, além de novas sanções, como a retirada do maior da Rússia, o Sberbank, do sistema Swift, incluir mais pessoas na lista de indivíduos com ativos congelados e banir emissoras russas da União Europeia.
Também nesta segunda-feira (30.mai) forças russas invadiram a cidade de Sievierodonetsk, em Donbass, no leste da ucraniana e travam batalha com o exército do país.