ONU alerta novamente para violações e crimes de guerra na Ucrânia
Chefe de Direitos Humanos, Michelle Bachelet, afirmou que o direito humanitário parece ter sido ignorado
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O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas alertou mais uma vez para as evidências crescentes de crimes de guerra no conflito na Ucrânia. Nesta 6ªfeira (23.abr), a chefe do ACNUDH, Michelle Bachelet, avaliou que o direito humanitário parece ter sido ignorado e "deixado de lado".
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Citando o bombardeio a estação ferroviária de Kramatorsk, em 8 de abril, Bachelet reprendeu os bombardeios das forças armadas russas em áreas povoadas, matando civis e destruindo infraestrutura. Segundo a ONU, entre 24 de fevereiro e 20 de abril, 2.345 civis foram mortos e 2.919 feridos. Destes, 92,3% foram registrados em território controlado pelo governo ucraniano. Cerca de 7,7% das vítimas estavam nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk.
Segundo a chefe de direitos humanos da ONU, os números reais devem ser ainda maiores, e poderão ser observados "à medida que os horrores infligidos em áreas de intensos combates, como Mariupol, vierem à tona".
A escalada de execuções de civis em áreas anteriormente ocupadas por forças russas também foi lembrado por Bachelet ao comentar as investigações de 300 denúncias de assassinatos de civis nas regiões de Kiev, Chernihiv, Kharkiv e Sumy, todas sob o controle das forças armadas russas no final de fevereiro e início de março.
"Estimamos que pelo menos 3 mil civis tenham morrido porque não conseguiram atendimento médico e por causa do estresse em sua saúde em meio às hostilidades. Isso inclui ser forçado pelas forças armadas russas a ficar em porões ou não poder deixar suas casas por dias ou semanas", disse Bachelet.