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Anvisa aprova remédio para tratar covid

Paxlovid, da Pfizer, é indicado para início da doença e reduz internações e mortes

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Paxlovid
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Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária votaram nesta 4ª feira (30 de março) pela aprovação do uso emergencial em caráter experimental do medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), da farmacêutica Pfizer. A decisão foi tomada em reunião virtual e transmitida publicamente.

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Segundo a Anvisa, o remédio só é indicado para maiores de 18 anos, que ainda não estejam necessitando de oxigênio suplementar e em pacientes com riscos de possível agravamento da doença. O uso do Paxlovid é oral, domiciliar, mas somente deve ser usado com prescrição médica e em pessoas que tiveram teste positivo para a doença. 

O gerente de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, disse que o produto não deve ser usado como prevenção nem antes nem depois da exposição ao vírus. E um eventual tratamento com o remédio só deve ser iniciado após confirmação de contaminação pela doença por meio de teste positivo. 

Para a diretora Meiruze Sousa Freitas, relatora do tema, o Paxlovid é "mais uma ferramenta" para evitar agravamentos da doença e destacou que a vacinação é a melhor forma de prevenção da doença. 

Os efeitos colaterais foram considerados leves. Entre eles, disgeusia (comprometimento do paladar) e eructação (arroto). 

Procurada para dizer quando o medicamento estará disponível nas farmácias, a Pfizer respondeu que "espera produzir entre 80 milhões e 120 milhões de doses do medicamento em 2022". A farmacêutica disse ainda que "os detalhes sobre a disponibilidade do medicamento no país estão sendo definidos".

Outras agências reguladoras do mundo já aprovaram o produto, como as dos Estados Unidos, do Reino Unido, da União Europeia, do Canadá, da China e do México, por exemplo.

O diretor Rôminson Mota disse esperar que o remédio seja acessível para a população. E defendeu que o Ministério da Saúde adote o produto no Sistema Único de Saúde. Toda adoção de novos procedimentos e medicamentos pelo SUS tem antes que ser avaliado e aprovado pela Conitec, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias.

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