Citando crise alimentar, Zelensky volta a cobrar sanções contra Rússia

Em pronunciamento para o Parlamento Italiano na manhã desta 3ª feira (22.mar), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenksy, agradeceu o apoio do governo de Sergio Mattarella em meio à invasão russa, mas voltou a cobrar a implementação de sanções contra a economia de Moscou. Além da destruição do patrimônio nacional e do alto fluxo de refugiados na Europa, o líder também citou uma possível crise alimentar que pode ocorrer devido aos conflitos militares.

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"Essa guerra está sendo sentida em todos os lugares do mundo, não apenas na Europa. A Ucrânia exporta muitos alimentos, mas como poderemos fazer isso com artilharias pesadas e a destruição dos nossos portos? Precisamos de mais sanções. Precisamos que a Rússia não busque mais militares e sim que busque a paz", afirmou Zelensky, descrevendo como principais serviços a importação do trigo, milho e outras commodities essenciais.

Como exemplo de restrições, o chefe de Estado citou o bloqueio dos ativos russos procedentes de instituições bancárias e do petróleo. "O nosso povo nunca quis lutar, vocês [Parlamento italiano] sabem quem trouxe a guerra para a Ucrânia e sabem quem são aqueles que estão provocando a guerra. Apoiem as sanções contra a economia russa para que eles não tenham como usá-la no nosso país."

Por fim, Zelensky reforçou o vínculo entre a população de ambas as nações e agradeceu à Itália pelo acolhimento de refugiados no país, onde, segundo ele, mais de 70 mil pessoas permanecem abrigadas. O líder também ressaltou a importância do atendimento médico que está sendo destinado ao grupo de ucranianos, uma vez que ao menos metade dos deslocados é formada por crianças.

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O conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia chega ao 27º dia e segue com impasse nas negociações por um acordo de cessar-fogo. Em pronunciamento na noite de ontem (21.mar), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as conversas entre as delegações devem ser mais adptáveis para, assim, um possível encontro entre Zelensky e Vladimir Putin acontecer.

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