ONU volta a apelar por segurança em corredores humanitários na Ucrânia
Mais de 2 milhões de civis já cruzaram a fronteira do país em busca de abrigo e proteção
O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) voltou a apelar para que a Rússia respeite o acordo de cessar-fogo temporário e garanta a segurança nos corredores humanitários na Ucrânia. Segundo a entidade, ao menos 474 civis foram mortos e 861 ficaram feridos enquanto tentavam sair do país.
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"A maioria das vítimas são de ataques aéreos e armas explosivas usadas pelas forças russas com efeitos de ampla área, incluindo artilharia pesada e múltiplos sistemas de foguetes de lançamento", disse Liz Throssell, porta-voz da Acnudh. "Como resultado, centenas de edifícios residenciais em muitas cidades, incluindo Chernihiv, Kharkiv, Kherson, Mariupol e Kyiv foram danificados e destruídos."
Throssell reiterou a necessidade de estabelecer "urgentemente" um sistema de trabalho para garantir uma passagem segura para tirar os civis e ajudar os trabalhadores locais, que continuam operando no resgate de pessoas e controle de incêndios, além das equipes de voluntários. "Você precisa ter clareza sobre a rota. Precisa ser uma rota segura. Você precisa ter tempo para os movimentos."
Em pronunciamento na noite de ontem (8.mar), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que as autoridades do país conseguiram organizar um corredor humanitário da cidade de Sumy até Poltava, na região central. Ele lamentou, no entanto, que 50 crianças foram mortas em 13 dias de guerra.
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Até o momento, mais de 2 milhões de civis já deixaram o país em busca por segurança em outras nações. A grande maioria procura abrigo na Polônia e Hungria, enquanto outros deslocam-se para Eslováquia, Moldávia e, até mesmo, regiões da Rússia. A movimentação, segundo a ONU, é a maior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
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