Vacinação infantil: 59% das prefeituras apontam resistência dos pais
Pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios também indica falta de doses da vacina em 246 cidades
SBT Brasil
Mais da metade dos municípios brasileiros afirmam enfrentar resistência da população para imunizar o público infantil, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Das 2.193 prefeituras consultadas, 59% alegaram que o avanço a vacinação nesta faixa etária não tem ocorrido na velocidade esperada porque os próprios pais e responsáveis não concordam com a imunização.
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Para o presidente a CNM, essa recusa está ligada à disseminação de notícias falsas. "Entendemos até que é de uma certa gravidade. Isso tudo, talvez em consonância, infelizmente, com aquelas coisas de fake news", afirmou Paulo Ziulkoski.
Além disso, muitos municípios enfrentam ainda a falta de doses dos imunizantes. É o caso da cidade do Rio de Janeiro, onde, pelo segundo dia consecutivo, a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos suspensa pelo segundo dia consecutivo. A Secretaria de Saúde Municipal informou que pretende retomar as aplicações na próxima 2ª feira (21.fev). De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, pelo menos 246 prefeituras tiveram o mesmo problema que a capital fluminense.
A lentidão com que avança a imunização desta faixa etária tem preocupado especialistas. Um estudo recente da iniciativa Info Tracker, que reúne pesquisadores de universidades públicas de São Paulo, revelou que janeiro de 2022 foi o mês mais letal da pandemia para o público infantil. Durante este período, pelo menos 71 crianças, com mais de 1 ano, morreram em decorrência de complicações da covid-19.
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