Síndico que matou morador com soco alega legítima defesa durante reconstituição
Vítima e acusado brigaram após jogo do Palmeiras e já teriam se desentendido em outras situações
Primeiro Impacto
O síndico que matou o morador de um prédio com um soco após o jogo do Palmeiras pelo Mundial de Clubes no último sábado (12.fev) afirmou que agiu em "legítima defesa". A afirmação foi dada durante a reconstituição do crime, em São José do Rio Preto (SP)
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O advogado Celso Wanzo, de 58 anos, não resistiu e morreu após ser agredido por Emerson Ricardo, de 44 anos. A Polícia Civil e técnica, além do síndico autor do homicídio, participaram da primeira parte da reconstituição. Segundo o delegado Lafayete Sanches, o agressor manteve a versão de legítima defesa, pois "não sabia como as coisas poderiam chegar no calor do momento. Ele disse que agrediu porque achou que seria agredido".
Os advogados de acusação e defesa também participaram da simulação. Para o defensor que representa a família da vítima, suspeito agiu friamente e não tinha motivos para se defender. "Segundo testemunhas, o dr. Celso já chegou e levou um soco. É uma situação triste perdermos um colega fantástico por causa de uma estupidez", afirmou o advogado Mario Guioto Filho, considerando que o crime foi, "ao meu sentir, uma sanha de vingança e assassina por parte do réu".
Outras três testemunhas foram ouvidas: a mulher e um amigo da vítima, além de um morador do prédio onde moravam. O porteiro que participaria da reconstituição foi liberado.
A investigação aponta que a discussão teria começado quando a vítima estava dentro do apartamento, no quinto andar. O síndico e o morador já tinham se desentendido em outras situações. Os dois começaram a brigar por causa da final disputada pelo Palmeiras. Celso morreu pelo trauma causado no rosto e ao se ferir batendo a cabeça no chão.
A defesa do síndico não deu declarações e afirmou que vai esperar o laudo do corpo da vítima para falar sobre o caso. O inquérito será concluído em até dez dias.
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