Blocos de carnaval migram para salões fechados e preocupam autoridades
Após adiamentos e festas canceladas, opção é vista como novo foco de contaminação
SBT News
Com o adiamento dos desfiles no sambódromo de São Paulo e do Rio de Janeiro, para abril, e o cancelamento do carnaval de rua em várias capitais, os blocos passaram a promover festas em ambientes fechados.
Mas com a variante ômicron se espalhando cada vez mais, os infectologistas temem festas onde é mais difícil fiscalizar e a adesão aos protocolos sanitários.
Neste mês de janeiro, o bloco carnavalesco "Agrada Grego", por exemplo, reuniu um grande número de pessoas, na zona norte de São Paulo; com atrações como Anitta e Glória Groove. No meio da aglomeração do público é difícil encontrar alguém usando máscara.
O bloco informou que verifica a carteira de vacinação de todos os frequentadores e que a máscara só pode ser tirada na hora de se alimentar.
"A nossa maior preocupação é que pessoas não vacinadas ou que não tenham o esquema completo, estejam nesses eventos, peguem doença, passem para outras pessoas", salienta o infectologista Álvaro Furtado.
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Nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo registrou 13.343 novos casos de covid-19. As mortes somaram 323 desde o início da pandemia, são mais de quatro milhões e seiscentos mil casos, além de 158 mil mortes.
A Secretaria Municipal de saúde de SP estuda estabelecer protocolos sanitários mais restritivos para que eventos organizados durante o feriado de carnaval. Infectologistas temem que, após o período de festas, o número de casos de covid dispare ainda mais, criando uma corrida às internações e ocupações de UTIs.
"A gente pode ter uma explosão de casos, a gente tá vendo alguns pacientes com formas mais graves da doença", destacou o infectologista Álvaro Furtado.