Megaoperação apreende 130 mil cigarros eletrônicos em SP
O produto é proibido no Brasil há 12 anos, mas o mercado ilegal fatura milhões de reais com sua venda
SBT Brasil
Uma megaoperação da Receita Federal em conjunto com as polícias Civil e Federal apreendeu 130 mil cigarros eletrônicos e 325 mil unidades de essência na última 5ª feira (23.set) em São Paulo.
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O auditor fiscal da Receita Federal de São Paulo Alan Towersey afirma que a força-tarefa abordou oito locais de venda. "Ele (cigarro eletrônico) movimenta muito. O próprio valor da apreensão, passando de R$ 40 milhões mostra uma força econômica, mas uma força econômica do ilícito. Não é uma coisa escondida. É um mercado grande já", afirma.
Um dia após a operação, na região da rua 25 de março, um dos pontos mais movimentados do comércio da capital paulista, a venda do produto acontecia normalmente. O produtor do SBT Brasil chegou a flagrar a abordagem de um vendedor no local.
A Receita Federal estima que uma única loja na capital paulista movimente cerca de dois a três milhões de reais por mês, só com a venda desse tipo de produto. Isso apesar de a comercialização de cigarros eletrônicos estar proibida no Brasil há 12 anos.
O pneumologista André Natan reforça que quando se fala em tabagismo, não há nenhum tipo de cigarro seguro e enganar a clientela dizendo que eletrônico é menos nocivo que o tradicional também é criminoso.
"Aquele líquido que é vaporizado pelo cigarro eletrônico é capaz de causar um processo inflamatório algumas vezes muito grave, causando insuficiência respiratória, e necessidade de internação nos pacientes que utilizam. Por isso que a Anvisa nunca liberou aqui no Brasil a venda do cigarro eletrônico. Quando tem é contrabandeado, trazido de fora.", afirma o especialista.