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Compositor Nelson Sargento, 96 anos, morre de Covid-19

Sambista do Rio de Janeiro recebeu as duas doses da vacina, mas não resistiu às complicações da doença

Imagem da noticia Compositor Nelson Sargento, 96 anos, morre de Covid-19
Nelson Sargento (Edinho Alves/Divulgação)
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A família do sambista Nelson Mattos, também conhecido artisticamente como Nelson Sargento, informou a morte do compositor por Covid-19, nesta quinta-feira (27.mai), aos 96 anos. Nelson chegou a tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19, mas não resistiu às complicações da doença. 

Ele deixa a mulher Evonete Mattos, seis filhos -- Antônio Fernando, Marcos Vinicius, Jose Geraldo, Leo Mattos, Ricardo Mattos, Ronaldo Mattos --, netos e bisnetos.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o prognóstico do artista apresentou "significativa queda do estado geral". O sambista foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dois dias após dar entrada no hospital, na 5ª feira da semana passada (20.mai). 

O Instituto esclarece que a internação se deu com um quadro de desidratação e anorexia. Mas que, ao chegar ao centro de atendimento, foi realizado o teste de covid-19 que apontou positivo. 

O paciente já havia sido diagnosticado com câncer de próstata em 2005, mas tratou a doença. Durante os procedimentos iniciais da última internação, Nelson apresentou piora do padrão ventilatório, hipertensão e respirava com auxílio de máscara de oxigênio.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1924, tomou o nome Sargento mais tarde, "apenas como apelido" - conforme descreveram Moacyr Luz e Aldir Blanc em uma composição para homenagear o sambista. Além de músico, também foi cantor, artista plástico, escritor e ator. 

O primeiro contato com o samba foi em 1940, com um carinho especial pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Por influência do padrasto e do compositor Carlos Cachaça, ele passa a integrar a ala de compositores da Mangueira em 1942. 

As composições de Nelson Sargento foram gravadas por alguns dos principais intérpretes do gênero. Na voz de Beth Carvalho, imortalizou o clássico "Agoniza mas não morre". Em 2020, ele foi agraciado com a Medalha São Sebastião do Rio de Janeiro da Ordem do Mérito Cultural Carioca, concedido pela Prefeitura do Rio de Janeiro em evento realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo.

Assista à reportagem completa do SBT Brasil:

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