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Tragédia em baile funk: Ouvidoria apura ação de PMs em Paraisópolis

Após mais de um mês da tragédia, corregedoria avalia o caso e diz que já é possível apontar falhas na atuação policial

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Tragédia em baile funk: Ouvidoria apura ação de PMs em Paraisópolis
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A ação policial realizada no baile funk de Paraisópolis, bairro da zona sul de São Paulo, no início de dezembro, está sendo investigada pela corregedoria da Polícia e o departamento de homicídios. Até agora, os responsáveis pelas mortes não foram apontados.

Sete bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, além de oito tiros de bala de borracha, foram usados pela PM no evento. Na época, os militares disseram que perseguiam criminosos que entraram no meio da multidão para despistar. Os suspeitos teriam continuado atirando e houve tumulto. As vítimas morreram pisoteadas. Os moradores, porém, afirmam que os policiais encurralaram as pessoas e que isso teria causado a tragédia.

A Polícia pediu ao IML (Instituto Médico Legal) que explicasse se o uso de drogas e de bebidas alcoólicas - comprovado por exame no corpo das vítimas - teria dificultado a tentativa dos jovens de escapar do tumulto. O ouvidor da Polícia de São Paulo reagiu. "Os exames toxicológicos que nós também recebemos, para a ouvidoria, não têm referência estratégica para análise da ocorrência. Nenhum jovem morreu de overdose".

Os jovens pisoteados já estavam mortos quando chegaram ao hospital. Isso pode ser um indício de que a cena do crime teria sido alterada. "Nós vamos apontar os principais erros com base no manual da própria instituição para esse tipo de evento", diz o ouvidor, que não nega a responsabilidade estatal. "Evidentemente que, mesmo indiretamente, tem uma responsabilidade do estado".
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