Operação "Câmbio, Desligo": PF prende "Doleiro dos doleiros" em SP
Dario Messer é acusado de coordenar um esquema de lavagem de dinheiro, que incluía Sérgio Cabral. Ele estava foragido desde maio do ano passado

SBT News
A Polícia Federal encontrou, nesta quarta-feira (31), em São Paulo, o "Doleiro dos doleiros", Dario Messer, que estava foragido desde a Operação "Câmbio, Desligo", em maio de 2018.
Messer foi preso por agentes da PF do Rio no apartamento de uma amiga - onde estava escondido -, no bairro dos Jardins, área nobre da capital paulista. A polícia descobriu onde ele estava depois de uma interceptação telefônica.
O "doleiro dos doleiros" deixou o prédio e foi levado direto para o Aeroporto de Congonhas, de onde seguirá para o Rio de Janeiro.
Dario Messer é acusado de coordenar um megaesquema de lavagem de dinheiro, por meio de contas que distribuíam recursos para mais de quatrocentos clientes, incluindo o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.
Cabral teria recorrido ao "banco informal" operado pelo doleiro para enviar dinheiro de propina para o exterior.
Um dos membros do esquema de Messer também foi preso este mês
Ainda em junho, a Polícia Federal prendeu, no Rio, um dos operadores do "doleiro dos doleiros". Mario Libman foi preso no prédio onde mora em Ipanema, zona nobre da cidade.
Policiais Federais também fizeram buscas no escritório do empresário, que fica em shopping no bairro de Copacabana.
O filho dele, Rafael Libman, já é considerado foragido. Rafael foi genro de Dario Messer, que à época era procurado.
Segundo o Ministério Público Federal, Rafael e Mario Libman ajudavam Messer a lavar dinheiro.
A investigação também aponta que pai e filho investiram pelo menos trinta e um milhões de reais no mercado imobiliário do Rio para tentar legalizara o dinheiro de Messer. Parentes do doleiro também atuavam como laranjas.
Os três filhos e a ex-mulher de Dario Messer decidiram revelar o esquema aos procuradores. O acordo prevê a maior participação de valores envolvendo uma delação premiada no país: são trezentos e setenta milhões de reais em dinheiro vivo, imóveis e até obras de arte.
Duzentos e quarenta milhões que estão em contas nas Bahamas, em Nova York e em Mônaco já estão à disposição das autoridades brasileiras.