Rompimento de mina da Braskem não afetou qualidade da água da Lagoa Mundaú
Segundo pesquisadores, apesar dos resultados animadores, serão necessárias novas análises para confirmar diagnóstico
SBT News
A análise das primeiras amostras retiradas da Lagoa Mundaú, em Maceió, após o rompimento parcial da mina 18 da Braskem indicou que não houve alterações no ecossistema da lagoa. As informações são do estudo feito pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a partir das verificações realizadas, no mês de dezembro, antes e depois da ruptura do poço de sal-gema, ocorrido no dia 10.
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Segundo os pesquisadores, não se pode concluir que os dados encontrados estão diretamente ligados ao incidente, porque as informações levantadas foram comparadas com outras análises de períodos anteriores, e não houve elevação dos índices de sódio, cálcio e magnésio, entre outros que poderiam afetar o ecossistema da lagoa.
Cabe dizer que os dados apontam para a presença de coliformes termotolerantes em grande quantidade, uma indicação da contaminação por esgotos domésticos e dejetos animais.
Segundo Karine Pimentel, gerente do Laboratório do IMA, a Lagao Mundaú faz parte do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú - Manguaba (CELMM) e está conectada ao mar. Essa conexão causa variações na qualidade e no volume da água em razão das mudanças das marés, que impactam os recursos presentes nesse ecossistema aquático diverso, influenciado pelas atividades sociais, econômicas e produtivas das cidades no entorno.
“Existem diversas fontes poluidoras por lá, com destaque para os esgotos, e diante disso continuaremos monitorando a qualidade da água da laguna nos parâmetros microbiológicos e físico químicos, bem como ainda seguimos trabalhando nas análises das amostras coletadas”, afirma a gerente.
Apesar dos resultados animadores, serão necessárias novas análises para confirmar o diagnóstico.