Rios atmosféricos e ‘Bow Echo’: entenda como fenômenos agravam temporais no RS e SC
Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta vermelho, nesta quarta-feira (01), para chuvas perigosas nos dois estados
Há dois fenômenos climáticos responsáveis por agravar os temporais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina: Rios atmosféricos e ‘Bow Echo’. Os estados estão sob alerta vermelho, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), para chuvas perigosas a partir desta quarta-feira (01).
No Rio Grande do Sul, as chuvas já deixaram 10 pessoas mortas, 21 pessoas desaparecidas e 104 municípios foram afetados, segundo a Defesa Civil do Estado. Em Santa Catarina, a maior concentração de precipitação, até o momento, foi registrada nas áreas próximas à divisa com o Rio Grande do Sul.
Rios atmosféricos e 'Bow Echo'
Os rios atmosféricos são regiões longas e concentradas na atmosfera que transportam ar úmido dos trópicos para latitudes mais altas, com bloqueio de ar quente e seco. O fenômeno produz chuva pesada, temporais isolados com granizo, vendavais, e até neve em alguns casos. Esses eventos extremos de precipitação podem causar inundações repentinas, deslizamentos de terra, interrupção de estradas, por exemplo,
O fenômeno afetará principalmente o Rio Grande do Sul, com o corredor de umidade com atmosfera muito aquecida sendo transportado da região amazônica até o território gaúcho, o que irá favorecer chuvas intensas por dias seguidos no estado, segundo a MetSul.
De acordo com a empresa de meteorologia, a região Sul tem influência dos rios atmosféricos em qualquer época do ano.
No caso catarinense, a identificação do 'Bow Echo' pode explicar o aumento da intensidade das chuvas a partir desta quarta. O fenômeno foi observado por imagem de radar, nesta segunda-feira (29), avançando da Serra Gaúcha para o litoral sul de Santa Catarina e se caracteriza por ser uma linha de tempestades severas que apresenta uma forma arqueada (semelhante a um arco).
“Essa formação é frequentemente acompanhada por ventos intensos e chuva forte, não se descartando a possibilidade de granizo”, destacaram os metereologistas da Conexão Geoclima