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Ponto de coleta vira oportunidade de renda para pequenos comércios

Modelo atrai grandes plataformas de e-commerce, facilita entregas e impulsiona as vendas de lojistas locais

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Mulher retira encomenda em ponto de coleta dos Correios, em estação de metrô no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação/MetrôRio
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Com a popularização das compras online e a dificuldade de encontrar quem receba a encomenda em casa, surgem os chamados pontos de coleta: estabelecimentos comerciais que recebem e entregam mercadorias de grandes plataformas de vendas.

Essa alternativa atende consumidores que não permanecem em casa durante o dia e preferem retirar os pacotes pessoalmente. No Brasil, já são quase 8 mil pontos de coleta cadastrados, segundo dados do setor.

"Isso traz não só conveniência, mas também segurança, porque torna concreta uma venda online no mundo físico", explica Karine Karan, especialista em comportamento do consumidor.

Como o ponto de coleta ajuda o comerciante?

Ao se tornar um ponto de retirada, o comerciante pode aumentar o faturamento e atrair novos clientes.

Foi o que aconteceu com uma papelaria em São Paulo, que registrou crescimento de 35% após aderir ao modelo.

"Em dias de campanha, chegamos a preparar 900 pacotes. Isso impulsionou a venda de embalagens e outros produtos da loja", afirma Mariele Fernandes, dona do estabelecimento.

O serviço também beneficia o vendedor online

Além de facilitar a vida do consumidor, os pontos de coleta ajudam os pequenos vendedores do e-commerce que usam marketplaces. O pacote pode ser deixado no ponto e, a partir dali, a plataforma cuida da entrega.

“Fica mais barato, porque a operação logística é cara. A gente imprime a etiqueta, posta e o restante fica com a plataforma”, afirma um vendedor que utiliza o serviço.

Logística reversa e comodidade para todos

Os pontos de coleta também funcionam como locais de devolução de mercadorias — a chamada logística reversa. A estudante Giovana Ramos, por exemplo, levou uma camiseta que não serviu para devolver no mesmo local onde retirou.

Além disso, o modelo é vantajoso para quem vive longe de centros urbanos ou em prédios sem portaria.

"Trabalho ao lado do ponto de coleta e moro com uma senhora. É mais prático e cômodo retirar pessoalmente", conta o engenheiro Magno Faria.

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