Paulo Gonet defende agilidade na cooperação entre países para combater crime organizado transnacional, no Rio
PGR abriu a Cúpula dos Procuradores-Gerais do G20, que reúne chefes do MP de países membros; encontro inédito serve para troca de dados e parcerias
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu menos burocracia e mais agilidade no combate ao crime organizado transnacional, na abertura da Cúpula dos Procuradores-Gerais (PG20), nesta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro.
"Embora tenhamos uma série de canais burocráticos para vencer no combate à criminalidade, os criminosos não têm isso. Eles entram em contato imediatamente. Para que a gente vença essa guerra nós precisamos ser mais ágeis", disse Gonet.
Os chefes do Ministério Público dos países do G-20 - grupo das nações mais ricas e emergentes - estão reunidos pela primeira vez na capital fluminense, para discutir ações conjuntas para enfrentamento a crimes como o tráfico de drogas e armas internacional, o tráfico humano e de órgãos, crimes cibernéticos e ambientais.
O encontro começou no domingo (20) e segue até esta terça-feira (22). "O Brasil tem condições de liderar o combate internacional à criminalidade, já a partir do nosso próprio modelo institucional", afirmou Gonet.
O encontro inédito serve para afinar as estratégias e fortalecer a cooperação jurídica internacional entre os países. Há debates e reuniões bilaterais entre os PGRs dos países integrantes. Para o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, a troca de informações e as ações conjuntas entre os países são essenciais. "Sem a união de todos por meio de uma cooperação internacional forte jamais conseguiremos enfrentar o crime organizado transnacional."
O encontro conta com 13 delegações do Ministério Público do G20: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Reino Unido, Rússia e União Europeia. Além de 8 convidados: Angola, Chile, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Singapura.