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Número de guardas municipais com armas sobe, enquanto polícias Civil e Militar têm queda no efetivo, diz IBGE

Pesquisa também aponta queda no número de municípios brasileiros com estruturas voltadas para políticas de direitos humanos

Número de guardas municipais com armas sobe, enquanto polícias Civil e Militar têm queda no efetivo, diz IBGE
IBGE revela queda em efetivo de policiais civis e militares entre 2019 e 2023 | Divulgação/Paulo Pinto/Agência Brasil
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (31) dados que revelam aumento no número de guardas municipais com armas de fogo e redução nos efetivos das polícias Civil e Militar, no período entre os anos de 2019 e 2023.

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Segundo revela o instituto, houve um aumento de 11,3% na presença de guardas municipais no país, sendo que em 30% das cidades, essas corporações já utilizam armas de fogo. Em contraste, o efetivo da Polícia Militar caiu 4,4% durante o mesmo período, e as mulheres representaram apenas 12,2% da força policial. Na Polícia Civil, a queda foi ainda maior, com uma redução de 7,9% no efetivo, e a presença feminina é mais alta, com 27,8% do total.

Gráfico mostra proporção de policiais militares do sexo feminino no Brasil | Reprodução/IBGE
Gráfico mostra proporção de policiais militares do sexo feminino no Brasil | Reprodução/IBGE

Direitos humanos e assistência social

A pesquisa também aponta uma queda no número de municípios brasileiros com estruturas voltadas para políticas de direitos humanos: caiu 10,5 pontos percentuais entre 2019 e 2023. No ano passado, 34,1% das cidades possuíam órgãos específicos para esse tipo de ação, enquanto 2019 trazia índice de 44,6%.

Por outro lado, políticas para grupos específicos ainda contam com estrutura significativa em muitas cidades. Em 2023, o maior índice foi registrado nas políticas para pessoas idosas, presentes em 86,1% dos municípios, seguidas das direcionadas a crianças e adolescentes (86,0%), mulheres (80,9%) e pessoas com deficiência (78,0%). Isso indica que, embora a abrangência dos direitos humanos tenha diminuído, o suporte a certos grupos específicos segue alto em diversas regiões.

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Também houve crescimento nos Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher, agora presentes em 34,9% dos municípios. Esse aumento é considerado um passo importante na institucionalização de políticas públicas que busquem equidade de gênero, ainda que a cobertura municipal esteja longe de ser universal.

Os dados do IBGE também revelam que 99,9% dos municípios do Brasil mantêm algum tipo de estrutura de assistência social, garantindo apoio à população mais vulnerável.

Contudo, o levantamento revelou que cinco estados (Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Paraná e Mato Grosso) ainda não realizavam serviços assistenciais em algumas de suas cidades, o que pode comprometer o alcance das políticas sociais para quem mais precisa.

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