Justiça decreta prisão de cirurgião após morte durante hidrolipo; polícia concluiu investigação
Médico Josias Caetano e dois integrantes da clínica de estética Maná Day estão foragidos; vítima era Paloma Lopes Alves, de 31 anos
Thomaz Cunha
Derick Toda
O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do cirurgião plástico Josias Caetano e de mais três integrantes da clínica de estética Maná Day. Paloma Lopes Alves, de 31 anos, morreu no local durante um procedimento estético de hidrolipo, que é a remoção de gordura localizada, em novembro do ano passado.
Josias, um sócio e um funcionário são foragidos da Justiça. Em dezembro, uma das proprietárias da clínica foi localizada em Guarulhos (SP) e está presa desde então.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou, nesta quarta-feira (29), que a Polícia Civil concluiu a investigação do caso e indiciou os envolvidos por homicídio com dolo eventual. Essa tipificação significa que a equipe da clínica não teve a intenção de matar, mas assumiu o risco de causar a morte. O inquérito foi relatado para a Justiça.
Paloma era designer de sobrancelhas e mantinha seu próprio negócio. Ela contratou o serviço da clínica para fazer o procedimento nas costas e no abdômen.
No decorrer da intervenção, a jovem passou mal e foi levada para o Hospital Municipal do Tatuapé por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Histórico de denúncias
O cirurgião plástico Josias Caetano já havia sido denunciado por outras 20 mulheres, em 2022, conforme reportagem exibida pelo Primeiro Impacto.
As vítimas ficaram com os corpos deformados e o local, antes chamado Day Hospital, ficava na zona oeste de São Paulo. O atual, com outro nome, fica na zona leste da capital paulista.