Enem teve cerca de 70% de presença "sem intercorrências graves", afirma ministro da Educação
Camilo Santana citou falta de energia no RS, mas garantiu reaplicação do exame para quem foi prejudicado; MEC avalia aplicar Enem no Mercosul em 2026

Marcela Guimarães
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), transcorreu "praticamente sem intercorrências graves", e contou com 70% de presença, "praticamente o mesmo índice de 2024", afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana. Em coletiva de imprensa na noite deste domingo (16), o ministro apresentou os dados preliminares da aplicação dos dois dias de provas neste fim de semana, em todo o Brasil.
De acordo com o levantamento preliminar no Inep, foram mais de 4 milhões e 800 mil candidatos inscritos para os dois dias de exame, aplicadas em 1.805 municípios, 12 mil locais de prova, em 65 mil salas de aplicação. Foram 1.700 alunos eliminados por mau comportamento este ano.
Neste domingo os estudantes responderam questões de Ciências da Natureza e Matemática.
+ Protesto da geração Z contra violência e corrupção termina em confronto na Cidade do México
Segundo Camilo Santana, alguns locais de prova - citou apenas unidades no Rio Grande do Sul (RS) - tiveram problemas pontuais com queda de energia. O ministro garantiu, no entanto, que todos os estudantes que se sentiram prejudicados poderão realizar novas provas nos dias 16 e 17 de dezembro. Porém é preciso entrar com a solicitação a partir desta segunda-feira (17) até 21 de novembro.
O ministro também informou que o gabarito da prova será divulgado na quinta-feira (20), e o resultado das provas apenas em janeiro de 2026.
Este ano, detectores de metais foram instalados em todas as salas de aplicação de provas, segundo o ministro, e houve ainda aumento de aplicadores das provas. "Foram mais de 575 mil colaboradores, entre aplicadores, funcionários da faxina, trabalhando nos dois dias de Enem", afirmou Santana.
Novidades
Para 2026, o ministro anunciou que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) vai utilizar o Enem para avaliar o Ensino Médio, apenas para os estudantes do 3º ano. Segundo o ministro da Educação, a prova, no entanto, não substituirá a aplicação bianual do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Além disso, o Ministério da Educação (MEC) também encomendou ao Inep um estudo para que o Enem seja aplicado também nos países do Mercosul, já a partir de 2026. O MEC considera até a possibilidade de aplicação do exame em formato digital. "Mas ainda é um estudo", complementou Camilo Santana.








