Crianças enfrentam 5 vezes mais dias de calor extremo — e isso pode prejudicar a saúde; entenda
Comparação foi feita entre 2020 e 2024 e a década de 1970 pela Unicef; mulheres grávidas também podem ser impactadas
Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado nesta segunda-feira (23), revela que as crianças brasileiras enfrentam atualmente cinco vezes mais dias de calor extremo em comparação àquelas da década de 1970.
+ Como se cuidar durante as altas temperaturas?
O levantamento compara dados dos anos 1970 e do período de 2020 a 2024, apontando um aumento significativo nos dias com temperaturas superiores a 35°C. Na década de 1970, a média era de 4,9 dias por ano; já em 2020, esse número saltou para 26,6 dias.
Consequências para a saúde
Segundo o estudo, o calor excessivo provoca estresse térmico, colocando em risco a saúde e o bem-estar, não apenas das crianças, mas também de mulheres grávidas. Entre os impactos estão a desnutrição infantil e uma maior vulnerabilidade a doenças como malária e dengue.
O estudo faz um alerta para a necessidade urgente de lideranças municipais investirem em políticas voltadas à resiliência climática e à proteção dos direitos de crianças e adolescentes.
O relatório também destaca o aumento de ondas de calor, caracterizadas por três ou mais dias consecutivos com temperaturas máximas 10% acima da média local. Esses eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e queimadas, afetam com mais intensidade crianças e adolescentes, que sofrem as consequências por períodos mais longos.