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Conheça o projeto que visa mudar o nome da 'castanha-do-pará' para 'castanha-da-amazônia'

Parlamentares do Amazonas aprovaram a mudança do nome da semente no estado, alegando alta produção local; decisão gerou reação negativa no Pará

A Assembleia Legislativa do Amazonas aprovou um projeto de lei que altera o nome da tradicional "castanha-do-pará" para "castanha-da-amazônia", pelo menos dentro do estado.

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A proposta, de autoria do deputado estadual Sinésio Campos (PT), ainda precisa ser sancionada pelo governador e prevê que todos os produtos e derivados da castanha passem a usar a nova nomenclatura em embalagens, campanhas publicitárias e exportações.

Mesmo antes de ser sancionada, a mudança já gerou polêmica no Pará, onde o nome "castanha-do-pará" é tradicional e reconhecido historicamente desde o século 18, segundo especialistas.

Feirantes paraenses afirmam que não aceitam a alteração e defendem que o nome original deve ser mantido, reforçando a identidade local.

O Amazonas é atualmente o maior produtor nacional da castanha, com 14,3 mil toneladas por ano, seguido pelo Acre (9,1 mil) e Pará (8,8 mil). No estado amazonense, o novo nome já é usado informalmente por moradores e produtores, e a proposta busca apenas oficializar o costume local.

Apesar da controvérsia, muitos comerciantes acreditam que, independentemente do nome, o mais importante é valorizar o produto da floresta. "O importante é vender, ainda mais agora com o preço altíssimo", disse um vendedor em Manaus.

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