Conheça as propostas dos candidatos à Prefeitura de São Paulo para melhorar a segurança; capital registra, em média, 13 roubos por hora
Falta de iluminação e zeladoria nas ruas aumentam sensação de insegurança entre os moradores da cidade
Nathalia Fruet
A cidade de São Paulo registrou uma média de 13 roubos por hora nos primeiros sete meses do ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública. Os crimes acontecem em plena luz do dia, mas também em ruas escuras e mal iluminadas. A falta de segurança é uma preocupação constante para os paulistanos, como relata a diarista Nélia dos Santos Oliveira, que teve seu celular roubado na zona oeste da capital.
"Eu fiz uma dívida no celular em 12 vezes, fiquei pagando uma coisa pra quem? Pra mim não foi. Cadê a nossa segurança? Infelizmente, não temos. Eu fui assaltada ali mesmo, em frente à loja", desabafa Nélia. Mesmo com o policiamento ostensivo, muitos moradores não se sentem seguros, sobretudo, à noite. É o caso da dona de casa Ivone Santos, que vive na região há 50 anos: "Já me aconteceram diversas coisas aqui. Não saio à noite, tenho medo", comenta.
Especialistas em segurança pública defendem que, para resolver o problema da insegurança na cidade, não basta aumentar o número de policiais nas ruas. É preciso garantir que os espaços públicos sejam cada vez mais ocupados por moradores e melhorar a infraestrutura urbana. O advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, membro da Comissão Arns, reforça essa ideia: "Falta de luz, falta de asfalto, falta de algumas benfeitorias são problemas que, juntos, formam a insegurança pública reinante em São Paulo".
A zeladoria urbana é um dos pontos centrais nas discussões sobre segurança. Manter a iluminação pública em dia, realizar a poda de árvores e melhorar a limpeza das ruas são medidas fundamentais para melhorar a sensação de segurança e afastar a bandidagem. O maior desafio, segundo André Luiz Marques, coordenador do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper, está na falta de transparência na gestão dos recursos públicos e na definição de prioridades. "Não dá para fazer tudo ao mesmo tempo, então é preciso priorizar", alerta Marques.
O que cada candidato sugere para a segurança?
A Segurança Pública foi o primeiro assunto sorteado no debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pelo SBT, nesta sexta-feira. Aumentar o número de agentes da Guarda Civil Metropolitana nas ruas é um ponto em comum nos planos de governo. Guilherme Boulos (PSOL) também propõe a criação de uma força-tarefa para combater a receptação de celulares roubados, enquanto Ricardo Nunes (MDB) promete expandir o programa de videomonitoramento com 20 mil câmeras pela cidade. Pablo Marçal (PRTB) defende o investimento em tecnologia e em uma central de operações integrada.
Outros candidatos, como José Luiz Datena (PSDB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo), apostam na melhoria da iluminação pública como uma estratégia para reduzir a criminalidade. A retirada do lixo acumulado das ruas e ações preventivas contra enchentes também são pautas comuns envolvendo a zeladoria nos programas de governo.
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